Gafisa (GAFS3): vendas brutas avançam 46% no 4T22

As vendas brutas da Gafisa atingiram R$ 337,4 milhões no quarto trimestre de 2022

A Gafisa (GFAS3) divulgou nesta sexta-feira (20) sua prévia de resultados operacionais referentes ao 4º trimestre de 2022. As vendas brutas da incorporadora atingiram R$ 337,4 milhões entre outubro e dezembro, alta de 46% em comparação com o mesmo período de 2021.

As vendas líquidas da Gafisa atingiram R$ 268,9 milhões no quarto trimestre de 2022, representando um crescimento 36% em comparação com a mesma etapa de 2021.

A Gafisa lançou o empreendimento Cidade Jockey na cidade de São Paulo no quatro trimestre do ano anterior, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 340 milhões. No ano foram seis empreendimentos lançados, sendo quatro na cidade de São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro na cidade de Niterói (RJ).

Gafisa (GFAS3): Esh Capital leva disputa para arbitragem

A disputa que envolve a Gafisa (GFAS3) e a Esh Capital chegou à Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM). Acionista com cerca de 15% do capital da incorporadora, a Esh fez o pedido de arbitragem contra a companhia, seus administradores e seu acionista de referência, Nelson Tanure. As informações são do jornal “Valor Econômico”.

Segundo o “Valor”, a arbitragem, que corre em sigilo, tem o objetivo de suspender operações da empresa que seriam irregulares, tornar nulo atos jurídicos e, por fim, responsabilizar o controlador e administradores da Gafisa por atos que causaram prejuízos à empresa.

No pedido da gestora, uma das operações apontadas como irregular teria sido uma compra de terrenos com uma empresa chamada Wotan no valor de R$ 245 milhões. A Esh alega falta de transparência na aprovação do negócio.

“A operação contém inúmeros e insuperáveis vícios formais: as condições precedentes/suspensivas não se realizaram, os atos societários de aprovação não ocorreram e houve uma escancarada fraude cometida pela Gafisa e seus administradores, em conluio com a Wotan, todos controlados por Nelson Tanure”, disse o documento.

“Os atos societários que supostamente aprovaram a operação foram praticados sem que fosse divulgado que a Wotan é controlada por Nelson Tanure e utilizada por ele para blindagem patrimonial e para a realização de operações irregulares e que responde por passivo do grupo econômico do próprio Tanure, que pode alcançar cifras bilionárias”, acusou a Esh Capital.

“Outro tema que chegou à câmara arbitral se refere aos aumentos de capital da empresa. “Desde que Nelson Tanure assumiu o controle da Companhia, em 2019, foram realizados sucessivos aumentos de capital em condições que promoveram a diluição injustificada dos acionistas”, afirmou o documento.

”Os aumentos de capital contêm inúmeros vícios, não foram realizados no melhor interesse da companhia e dos seus acionistas e visaram atender aos interesses particulares do controlador e de suas partes relacionadas”, complementou o documento da acionista minoritária da Gafisa.