Gafisa (GFAS3) informa aumento de participação da Esh Capital

A Gafisa confirmou que a Esh Capital agora possui 11,06% dos papéis

A Gafisa (GFAS3) publicou nesta sexta-feira (23) um informe confirmando o aumento de participação da Esh Capital na empresa para 4.190.187 ações ordinárias, o equivalente a 11,06% do total.

Respondendo aos questionamentos da gestora de Vladimir Timerman, a companhia afirmou que constatou somente nesta sexta a participação acima de 10%. 

Além disso, a Gafisa relatou que não possui bônus de subscrição emitidos, entendendo que a Esh Capital se refere aos direitos de subscrição com prazo atualmente em curso.

Esh Capital notifica Gafisa por negócios com Wotan

Recentemente, a Esh Capital, um dos acionistas minoritários da Gafisa (GFAS3), havia notificado a companhia por negócios com Wotan. Em carta aberta ao mercado, divulgada em 15 de dezembro, a gestora afirmou que as medidas judiciais tomadas contra a empresa foram feitas para proteger os acionistas de uma operação suspeita por parte da Gafisa.

“Cabe esclarecer, em primeiro lugar, que as medidas judiciais adotadas se deram no cumprimento da obrigação de buscar, por meios judiciais, proteger os acionistas acerca da conclusão de uma operação realizada sem que as condições precedentes e suspensivas fossem satisfeitas, além do que foi conduzida sem observar as melhores práticas de mercado em operações dessa natureza”, escreveu a ESH Capital. 

“Exemplo disso é a realização de auditoria jurídica por assessores jurídicos que representam os interesses do vendedor (Nelson Tanure) e realizada após a assinatura dos documentos de fechamento da operação que formalizavam a transferência das participações societárias das SPEs à Gafisa. Tal fato foi objeto de questionamento expresso e não respondido pela administração da Companhia”, continuou a gestora. 

Recentemente, a disputa entre a Gafisa e a Esh Capital chegou aos tribunais. E o desfecho do primeiro embate jurídico entre as duas partes foi negativo para a incorporadora, com uma liminar que impedia a conversão das debêntures da 17ª emissão em ações.

De acordo com a companhia, a liminar trará prejuízo, pois limita a capacidade de prosseguir com o desenvolvimento de projetos estratégicos em imóveis adquiridos com os R$ 245,5 milhões levantados pela operação.

Tais empreendimentos, inclusive, são o motivo por trás do embate judicial. A Esh Capital, gestora que detinha 5,3% das ações da Gafisa, alegou que os terrenos negociados pertencem a uma empresa de Nelson Tanure, o controlador da companhia.