Gafisa (GFAS3) irá lutar na Justiça por aumento de capital

Gafisa informou que irá recorrer da decisão judicial que suspendeu seu aumento de capital

A Gafisa (GFAS3) informou nesta sexta-feira (06) que irá recorrer da decisão judicial que suspendeu seu aumento de capital. Em comunicado enviado ao mercado, a incorporadora afirmou que usará “das vias cabíveis” para balizar a emissão de novas ações.

“A companhia se manifesta pela regularidade do Aumento de Capital e informa que irá recorrer da decisão e pleiteará, nas vias cabíveis, a indenização pelos prejuízos incorridos”, escreveu a Gafisa.

O aumento de capital da Gafisa foi barrado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) na última quinta-feira (05), após a gestora Esh Capital, acionista minoritária da construtora, alegar agravo de instrumento.

O desembargador Azuma Nishi viu “evidente risco de danos irreparáveis ou de difícil reparação” à Esh Capital se o aumento de capital da Gafisa fosse efetivado.

Gafisa (GFAS3): Justiça suspende aumento de capital 

O aumento de capital de R$ 78 milhões da Gafisa (GFAS3) havia sido suspenso pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A decisão surgiu após agravo de instrumento da Esh Capital, acionista minoritário da incorporadora e que vem travando uma disputa judicial contra o empresário Nelson Tanure, maior acionista da construtora. As informações são do “Valor Econômico”.

Na decisão, o desembargador Azuma Nichi disse que a “fundamentação recursal é relevante, visto que existe controvérsia judicial acerca da legalidade da operação de emissão de novas ações da Gafisa”.

Nichi ainda relembrou que ocorrerá, em 9 de janeiro, uma assembleia que reunirá os acionistas da Gafisa. Na visão do magistrado, a reunião configura como uma oportunidade para se discutir sobre a necessidade do aumento de capital. 

Nos últimos meses, a Esh Capital vem acusando os controladores da Gafisa de tomar medidas em benefício próprio.

“O aumento de capital homologado pelo conselho de administração tem potencial para promover uma diluição de aproximadamente 20% dos demais acionistas da companhia, incluindo o agravante (no caso, a Esh Capital)”, de acordo com a ação da companhia.

Em relato dado ao “Valor Econômico”, Henrique Blecher, presidente da Gafisa, havia afirmado que a decisão judicial o pegou de surpresa.