Desdobramentos

Gafisa(GFSA3): CVM rejeita convocação da Esh Capital

A Gafisa já havia agendado uma data para a assembleia, marcada para o dia 26 de abril. Por isso, a empresa afirmou que não reconhece a convocação feita pela Esh

Gafisa (GFSA3)
Gafisa (GFSA3) / Reprodução

A disputa entre a Gafisa (GFSA3) e a Esh Capital teve um novo desdobramento neste fim de semana. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determinou que a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) feita pela Esh é irregular, conforme comunicado divulgado pela Gafisa no mercado no sábado (16).

A assembleia, originalmente programada para esta segunda-feira (18), tinha como objetivo deliberar sobre a proposta de uma ação de responsabilidade contra parte do conselho de administração e da diretoria da incorporadora.

A Gafisa já havia agendado uma data para a assembleia, marcada para o dia 26 de abril. Por isso, a empresa afirmou que não reconhece a convocação feita pela Esh. A situação foi levada à CVM pelos fundos Estocolmo e Ravello, que são acionistas da companhia.

De acordo com o comunicado divulgado na noite de sábado (16), o colegiado da CVM decidiu, por unanimidade, “pela não interrupção do curso do prazo de antecedência de convocação da AGE marcada para 18.03.2024 [realizada pelo acionista Esh Theta Fundo de Investimento Multimercado], reconhecendo desde logo a irregularidade na sua convocação (…)”.

Gafisa (GFSA3): acionistas rejeitam proposta para destituir conselho

Na assembleia extraordinária realizada na quarta-feira (7), os acionistas da Gafisa (GFSA3) recusaram a proposta apresentada pela gestora Esh Capital. A proposta incluía a destituição do conselho de administração e a proposição de ação de responsabilidade contra seus membros. A decisão foi divulgada pela companhia por meio de um comunicado à imprensa.

“Esta é a quarta vez que a gestora Esh Capital pede convocação de assembleia geral extraordinária para apreciar as mesmas matérias, as quais já foram todas as vezes rejeitadas”, disse a empresa.

Em dezembro do ano passado, o Esh Theta Master alegou que houve violação do estatuto social da empresa. Isso ocorreu devido à aquisição de ações da empresa sem o lançamento de uma oferta pública para os demais acionistas da companhia.

Em 29 de janeiro, o fundo, que detém mais de 5% das ações da Gafisa, apresentou um pedido adicional, afirmando que abordará a questão dentro do prazo legal estabelecido.