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Galípolo: Queda de investimentos é preocupação estrutural para o Brasil

Galípolo comentou que que o país tem uma taxa de investimento "relativamente baixa" há muito tempo

O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, expressou, nesta quinta-feira (22), sua preocupação com a redução dos investimentos no País, destacando como uma questão de relevância estrutural. “Queda de investimentos é preocupação estrutural para o Brasil“, afirmou.

Durante um evento promovido pela Câmara Espanhola em São Paulo, Galípolo observou que o Brasil tem mantido uma taxa de investimento consistentemente baixa por um período prolongado. No entanto, ele ressaltou que o País está em uma posição favorável para reverter essa tendência, especialmente devido às suas vantagens competitivas na transição energética.

Galípolo também destacou que aspectos geopolíticos estão ganhando uma importância crescente na dinâmica global de preços. Os apontamentos do diretor de política monetária, ecoam declarações recentes do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que alertou para os riscos inflacionários associados a possíveis interrupções no transporte marítimo na região do Mar Vermelho.

BC: Campos Neto acredita em convergência de inflação de serviços

presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (21), que a inflação de serviços no Brasil permanece “um pouco acima” do registrado no período entre 2018 e 2019, mas está caminhando para uma convergência. Campos Neto participa do evento da Frente Parlamentar Mista para a Criação de Estímulos Econômicos para a Preservação Ambiental, em Brasília.

De acordo com Campos Neto, os dados mais recentes sobre a inflação de serviços foram “ligeiramente desfavoráveis”. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que optou por reduzir a taxa Selic para 11,25% ao ano, há menção de um dos fatores de risco para a inflação ser uma “maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado”.

Em relação à persistência da inflação de serviços, Campos afirmou que “com a queda do desemprego, estamos monitorando de perto o mercado de trabalho”.

O presidente do BC também abordou o cenário global da inflação, destacando que o debate central atualmente gira em torno dos fatores que continuaremos a monitorar em relação à inflação. Campos Neto enfatizou que os preços dos bens estão declinando significativamente, e a questão relacionada à China está adicionando desinflação aos bens. Além disso, ele observou uma desaceleração da atividade econômica na China, acompanhada por uma mudança no modelo de crescimento, com maior ênfase em serviços e consumo interno.