Levantamento

Gasolina fecha 1T24 em alta de 2,7% e diesel em queda de 1,2%

Resultados refletem as recentes mudanças na tributação dos combustíveis

Gasolina IPCA
Gasolina / Divulgação

No primeiro trimestre deste ano, a gasolina e seu concorrente mais próximo, o etanol, destacaram-se como os principais responsáveis pelo aumento nos preços dos combustíveis, de acordo com o “Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade”, desenvolvido em colaboração com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

No decorrer dos primeiros três meses do ano, houve um aumento de 2,7% no preço da gasolina comum e de 2,8% na gasolina aditivada, refletindo o mesmo percentual de alta observado para o etanol no mesmo período.

Durante o mesmo período, o preço do diesel S-10, conhecido por ser menos poluente, teve uma redução de 1,2%, enquanto o preço do diesel comum caiu 0,7%, e o do Gás Natural Veicular (GNV) recuou 0,5%.

“Importante notar que, nesse horizonte temporal, os resultados analisados ainda refletem, em alguma medida, as últimas mudanças efetivadas na tributação dos combustíveis”, disse o Veloe em nota nesta quarta-feira (3).

Este ano foram retomadas a cobrança de Pis/Cofins sobre o diesel e o biodiesel, em janeiro, e o reajuste do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços -, sobre a gasolina e o diesel, em fevereiro.

Gasolina: Março e 12 meses

Considerando apenas o mês de março, observa-se um cenário semelhante. Comparado a fevereiro, tanto o etanol quanto as gasolinas aditivada e comum registraram aumentos de preço de 1% e 0,5%, respectivamente.

Por outro lado, o GNV teve uma queda de 0,7%, o diesel S-10 recuou 0,5%, e o diesel comum cedeu 0,1%.

“Na análise comparada do custo-benefício entre etanol e gasolina, não houve alterações significativas na paridade de preços entre gasolina e etanol no período, de modo que a alternativa renovável manteve sua margem de preferência para boa parte dos brasileiros, especialmente em estados de Centro-Oeste e Sudeste, como: Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Paraná [além de suas respectivas capitais]”, informou o Veloe.

De acordo com o Indicador de Custo Benefício-Flex, que compara os preços médios do etanol hidratado e da gasolina comum em março de 2024, o percentual calculado foi de 67,2% na média dos estados e de 66,9% na média das capitais. Ambos os valores estão abaixo do patamar de 70%, que indica uma preferência pelo uso do etanol.

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