Gerdau (GGBR4): alta dos EUA não é precificada, alerta BTG

O BTG (BPAC11) destaca uma significativa discrepância de valuation na Gerdau (GGBR4). Para o banco, o aumento nas operações da companhia nos EUA não está devidamente precificado, levando o banco a considerar uma reclassificação dos papéis.

Atualmente, os papéis da Gerdau têm uma indicação neutra e um preço-alvo de R$27.

De acordo com os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, a Gerdau estava sendo avaliada como se fosse principalmente uma siderúrgica brasileira.

Redução nas margens da Gerdau

Isso ocorreu devido à deterioração do sentimento do mercado após uma redução nas margens, que atingiram níveis próximos aos mínimos históricos. Esse desempenho foi afetado por importações crescentes, aumento da concorrência e demanda mais fraca.

“No entanto, questionamos se o mercado está negligenciando a sua diversificação geográfica e elevada exposição ao mercado dos EUA”, afirmam.

“A Gerdau apresentou resultados fortes e resilientes nos EUA, e seus pares norte-americanos estão atribuindo um prêmio de avaliação substancial”, destacam, ao indicar que a soma da sua unidade norte-americana e a sua exposição à região através da sua unidade de aços especiais demonstra uma representatividade da Gerdau na América do Norte com mais de 60% de fatia do seu Ebitda consolidado.

“Acreditamos que o mercado está desconsiderando o fato de que a Gerdau é principalmente uma empresa siderúrgica dos EUA, com ações negociadas a preços injustificáveis”, completam os analistas do BTG.

 O BTG destaca uma oportunidade de reavaliação e levanta a questão de se a companhia não poderia considerar uma listagem nos Estados Unidos. “Acreditamos que esta diferença de avaliação é injustificada e esperamos que os lucros melhorem gradualmente à frente”.

Às 13h02 (horário de Brasília), as ações preferenciais da Gerdau subiam 0,75%, a R$18,90.