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Gerdau (GGBR4): Goldman Sachs eleva ações para compra

A decisão é baseada na avaliação de que a pressão nos papéis tende a se reverter, dada a visão pessimista dos investidores

O banco Goldman Sachs optou por elevar a recomendação das ações da Gerdau (GGBR4) para “compra”, estabelecendo um preço-alvo de R$26. A decisão é baseada na avaliação de que a pressão nos papéis tende a se reverter, dada a visão pessimista dos investidores em relação à empresa e ao ciclo do aço.

“Embora seja pouco provável que se vejam catalisadores para esta inversão no curto prazo, consideramos que os atuais níveis de avaliação são atrativos”, aponta o banco.

O Goldman Sachs sugere que o ciclo de reversão da Gerdau pode ser impulsionado por fatores como o aumento nas tarifas de importação, elevação dos preços domésticos no Brasil e revisões nas projeções relacionadas às operações na América do Norte.

Segundo os analistas Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques, as cotações das ações recuaram 29% desde que o Goldman Sachs rebaixou os papéis para recomendação neutra, em fevereiro de 2023. “Na época, nossas expectativas eram de um ciclo negativo de revisão de resultados que levasse a uma rentabilidade abaixo do normal”, recordam os analistas.

“As expectativas de consenso de EBITDA para 2024 para a Gerdau foram rebaixadas em torno de 20% em relação ao pico de junho de 2023, para agora cerca de R$10,5 bilhões. Mas as nossas conversas com investidores sugerem que as suas expectativas de lucros são inferiores ao consenso do vendedor”, completam os analistas, que enxergam as revisões como concluídas.

Gerdau (GGBR4) vende participação em empresas por US$ 325 mi

Gerdau (GGBR4) anunciou os acordos de venda das sociedades em que tinha participação. Ao todo foram vendidos 49,85% da joint-venture Diaco e mais 50% da sua homóloga Gerdau Metaldom Corp para o Grupo INICIA, que atualmente é sócio da empresa nessas mesmas joint-ventures.

O preço base da transação ficou estabelecido em US$ 325 milhões. A Gerdau (GGBR4) estima que a finalização do processo aconteça dentro do primeiro semestre de 2024.

Ambas as empresas atuam também nos mercados de outros países como Colômbia, República Dominicana, Panamá e Costa Rica. 

Os ativos que as joint-ventures detêm são compreendem unidades industriais de produção de aços longos, a capacidade de produção chega a 360 mil toneladas de aciaria e 1.250 mil toneladas de laminação. 

Ebitda médio gerado pelas operações de ambas as joint-ventures foi de US$ 134 milhões, nos últimos 6 anos. Isso se refere ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. De toda forma, a participação da Gerdau corresponde a aproximadamente 50% desse número.