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Gerdau (GGBR4): Itaú BBA corta recomendação para "market perform"

Os analistas acrescentam que a visão mais cautelosa é fundamentada em uma perspectiva menos robusta para a dinâmica do mercado de aço no Brasil no curto prazo

Os analistas do Itaú BBA rebaixaram a recomendação para os papéis da Gerdau (GGBR4) de “outperform” para “market perform” e diminuíram o preço-alvo para o final do próximo ano de 30 para R$ 26. Essa decisão foi motivada pela observação de uma deterioração mais rápida e acentuada nos resultados operacionais do grupo siderúrgico do que inicialmente previsto.

Desse modo, os analistas acrescentam que a visão mais cautelosa é fundamentada em uma perspectiva menos robusta para a dinâmica do mercado de aço no Brasil no curto prazo. Além disso, observam um ímpeto enfraquecido para os resultados nos EUA, o que se espera que impacte as margens futuras, juntamente com considerações de valuation.

Daniel Sasson e sua equipe mencionam que há uma probabilidade de a empresa gerar um fluxo de caixa livre considerado “apenas decente” em 2024, com um potencial limitado de upside para o fluxo de caixa descontado. Essas informações foram compartilhadas em um relatório enviado no final da segunda-feira.

Por volta de 12h05 (horário de Brasília), os papéis preferenciais da Gerdau recuavam 0,43%, a R$ 23,26, tendo chegado a 23,06 reais no pior momento, enquanto o Ibovespa subia 0,55%.

Gerdau (GGBR4) adquire plataforma P-33 da Petrobras (PETR4)

Gerdau (GGBR4) foi a vencedora do leilão para desmantelamento e reciclagem da plataforma P-33, uma unidade de produção anteriormente operada pela Petrobras (PETR3; PETR4) no Campo de Marlim, localizado na Bacia de Campos (RJ). No entanto, o valor da transação não foi divulgado pela empresa.

A empresa declara que planeja empregar a sucata metálica, totalizando cerca de 45.000 toneladas, como matéria-prima para a fabricação de aço em sua unidade industrial em Charqueadas (RS). Quanto aos materiais não metálicos, serão descartados de maneira adequada, alcançando praticamente uma taxa de reciclagem de 100% para a unidade.

Esta marca a segunda plataforma descomissionada pela Petrobras e adquirida pela Gerdau para um processo sustentável de desmantelamento no Brasil. Em julho, a empresa havia comprado a plataforma P-32, uma unidade do sistema de produção anteriormente operada pela Petrobras na Bacia de Campos (RS).

“Ao realizar esse trabalho de desmantelamento de plataformas, retiramos um volume significativo de materiais dos mares brasileiros, além de ampliarmos nossa disponibilidade de sucata metálica, que será transformada em aço de baixa emissão carbono, infinitamente e 100% reciclável”, avalia Carlos Vieira, diretor de matéria-prima e florestas da Gerdau.

Conforme mencionado por Vieira, os processos de desmantelamento têm a perspectiva de criar cerca de 200 empregos no estado do Rio Grande do Sul.

A cada ano, a Gerdau converte mais de 11 milhões de toneladas de sucata metálica em aço, sendo que aproximadamente 71% do aço total produzido pela empresa provém de processos de reciclagem. O desmantelamento de plataformas, como a P-32 e P-33, e de navios representa uma das fontes significativas de geração de sucata metálica.