Temporada de balanços

GetNinjas (NINJ3) reverte prejuízo e lucra R$ 2,9 mi no 1T24

A receita líquida registrou um crescimento de 5% no 1T24 em comparação ao mesmo período do ano anterior

GetNinjas
GetNinjas / Divulgação

A GetNinjas (NINJ3) divulgou nesta semana seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2024 (1T24). Segundo os dados apresentados, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 2,907 milhões no período, revertendo o prejuízo de R$ 2,1 milhões do mesmo período do ano passado.

Em relação ao Ebitda ajustado, a empresa registrou um valor negativo de R$ 4 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma melhora em comparação aos R$ 5,2 milhões negativos no mesmo período do ano anterior.

Esse desempenho pode ser atribuído principalmente ao aumento das vendas em algumas das principais linhas de negócio da empresa, bem como à maior demanda por seus produtos e serviços.

Diante do cenário atual, a empresa está investindo em novas tecnologias e estratégias para aprimorar sua eficiência operacional, reduzir custos e ampliar sua presença no mercado.

Além disso, a empresa está buscando diversificar suas fontes de receita e explorar novos segmentos que ofereçam oportunidades de crescimento.

Poison Pill: conheça mecanismo que guiou OPA da Getninjas (NINJ3)

Na quarta-feira (24), o mercado foi surpreendido com uma manobra pouco usual no Brasil. A Reag Investimentos, gestora de João Carlos Mansur, concluiu a oferta pública de aquisição (OPA) da Getninjas (NINJ3), acionada pelo mecanismo de Poison Pill, e elevou a sua fatia de 32,15% para 66% da companhia, passando a ser controladora da empresa.

Ao BP Money, o advogado do escritório Azeredo & Ugatti, Leonardo Ugatti Peres, revelou que foi a primeira vez que no Brasil se usou esta estratégia. “A ‘poison pill’ é uma cláusula de defesa utilizada por empresas para desencorajar eventuais aquisições hostis.

O termo ‘poison pill’ pode se referir a diferentes estratégias, sendo uma delas ‘flip-in poison pill’, que basicamente é o direito de certos acionistas comprarem ações a um preço descontado para evitar que comprador (hostil) compre em bolsa o controle da companhia”, explicou Peres.

Segundo o advogado, a primeira cláusula de OPA brasileira foi adotada pela Natura há 20 anos, em 2004. Embora seja um mecanismo conhecido pelo mercado, até o caso Getninjas ainda não havia um caso de uso efetivo da Poison Pill no Brasil.

“Esse mecanismo foi criado nos Estados Unidos na década de 1980, mas até hoje não havíamos visto nenhum caso de uma Poison Pill sendo efetivamente utilizada no Brasil, dado que ideia do mecanismo era justamente oferecer um “remédio amargo” para quem eventualmente tentasse adquirir o controle de uma companhia via bolsa”, informou.