GM: fábrica em SP pode parar com ameaça de greve

Trabalhadores da GM temem novas demissões; empresa já comunicou a implantação de férias coletivas

A fábrica da General Motors (GM) em São José dos Campos (SP) pode ter sua produção afetada nos próximos. Metalúrgicos da empresa aprovaram em assembleia nesta terça-feira (7) aviso de greve em protesto contra demissões realizadas pela montadora desde sexta (3), conforme  afirmou o sindicato da categoria. As informações são do Money Times.

A fábrica da GM na região produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer e emprega cerca de 4 mil trabalhadores, informou a entidade, citando que 30 demissões foram realizadas desde o fim da semana passada.

A empresa também já comunicou a implantação de férias coletivas, entre 27 de março e 13 de abril, sob o argumento de “readequação da produção”, afirmou a entidade.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região afirmou em comunicado à imprensa que a entidade busca “estabilidade no emprego para todos os trabalhadores e que se busquem alternativas às demissões”.

Uma nova assembleia de trabalhadores da fábrica será realizada nesta tarde, informou a entidade.

A GM anunciou na semana passada nos Estados Unidos que pretende economizar 2 bilhões de dólares nos próximos dois anos por meio de “reduções de despesas corporativas, excesso de pessoal e complexidade de nossos produtos”, segundo comentários da vice-presidente de recursos humanos, Arden Hoffman.

GM faz acordo para garantir chips produzidos nos EUA

Em fevereiro, a General Motors e a fabricante de chips GlobalFoundries anunciaram acordo de longo prazo para a montadora receber componentes eletrônicos fabricados nos Estados Unidos.

A GlobalFoundries disse que o acordo foi o primeiro do tipo e define uma capacidade dedicada exclusiva para os principais fornecedores da GM.

O anúncio ocorreu dois dias após o presidente norte-americano, Joe Biden, elogiar a aprovação da levar de volta a fabricação de chips para os Estados Unidos.

O presidente-executivo da GlobalFoundries, Tom Caulfield, disse à Reuters que acredita que o apoio à fabricação nos EUA torna a empresa competitiva ao buscar parte desse financiamento.

A GM disse que o acordo foi “mais uma prova tangível de como a GM está se separando da concorrência”.