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Gol (GOLL4) tem aval para acessar empréstimo de US$ 350 milhões

A aprovação saiu nesta segunda-feira (29), durante audiência dentro do processo de recuperação judicial

Após ter o pedido de recuperação judicial concedido pela Justiça dos EUA na semana passada, a Gol (GOLL4) conseguiu a aprovação da Justiça de Nova York para acessar uma parcela de US$ 350 milhões do DIP financing (financiamento dentro do chapter 11). A aprovação saiu nesta segunda-feira (29), durante audiência dentro do processo de recuperação judicial, segundo fontes informaram ao “Valor”.

Sobre o restante do DIP garantido por debenturistas da holding Abra, a empresa apontou à Justiça de Nova York que US$ 150 milhões vão ser usados no final do processo e o valor de US$ 450 milhões vai ser desembolsado diante de algumas condições.

Todos os valores pendentes sob o mecanismo DIP incidirão juros à taxa igual ao SOFR (“Secured Overnight Financing Rate”, que é uma taxa de financiamento utilizada por instituições) de 30 dias (sujeito a um piso SOFR de 3,50% ao ano), mais 10,50% ao ano.

“O saque provisório de US$ 350 milhões é dimensionado para atender às necessidades de liquidez previstas pelos devedores para o período intermediário, e o acesso a essa liquidez permitirá que os devedores continuem as operações durante esse período”, apontou a equipe da Gol, em documento entregue à corte de Nova York na sexta (26).

A Gol foi procurada, mas ainda não se manifestou.

Gol: recomendação da XP está sob revisão após RJ

A XP colocou em revisão sua recomendação e preço-alvo para as ações da Gol, devido ao início do processo de recuperação judicial (Chapter 11) nos EUA. Anteriormente, a recomendação era neutra, com um preço-alvo estabelecido em R$ 22.

Os analistas Pedro Bruno, Bruno Vidal e Matheus Sant’anna observam que a Gol assegurou US$ 950 milhões em novos compromissos financeiros para sustentar e fortalecer suas operações comerciais.

“O financiamento está sujeito à aprovação judicial, e a empresa usará esse processo para reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e reforçar a sua estrutura de capital para a sustentabilidade a longo prazo”, comentam.