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Gol (GOLL4): CEO acredita que reestruturação dure menos de 2 anos

Celso Ferrer aposta suas fichas em uma rápida reestruturação da companhia

O CEO da Gol (GOLL4), Celso Ferrer, aposta suas fichas em uma rápida reestruturação da companhia, que aderiu ao Chapter 11 nos EUA, o equivalente à recuperação judicial no Brasil.

Apesar de não especificar uma data, em entrevista para o Estadão/Bloomberg, ele disse acreditar que dure “significativamente menos” do que o de outras companhias aéreas da América Latina. A Latam e Avianca, por exemplo, demoraram cerca de dois anos.

Ferrer avaliou o processo de reestruturação das duas empresas como bem sucedido, mas avalia que o momento atual é mais favorável para a Gol. “Não estamos em uma pandemia, é um cenário de demanda consistente”, afirmou.

Para Ferrer, a operação da Gol é mais simples, com apenas um tipo de aeronave, o que deve também contribuir para agilizar a conclusão do Chapter 11. O executivo também avalia que o fato de a empresa ter feito dois rounds de negociação com lessores em 2023 deve também garantir que essas conversas sejam concluídas com sucesso em pouco tempo.

O CEO da Gol afirmou que o objetivo é melhorar a estrutura de caixa da companhia, diminuindo a alavancagem e mantendo as operações normalmente.

Gol entra com pedido de recuperação judicial nos EUA

A Gol comunicou nesta quinta-feira (25), que entrou com pedido de Chapter 11 no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, em Nova York. O processo, equivalente ao de recuperação judicial no Brasil, permite que a empresa possa captar recursos e fazer uma reestruturação financeira enquanto preserva sua operação.

A empresa inicia o processo com um compromisso de receber um aporte no valor de US$ 950 milhões, a ser feito por um acionistas da Abra, a holding controladora da companhia aérea e também da colombiana Avianca.

Esse investimento, que para ser efetivado depende de aprovação judicial, em conjunto com o caixa gerado pelas atividades regulares da Gol, informa a companhia, “fornecerá liquidez substancial para apoiar as operações”, que seguirão normalmente durante o processo.

Com dívidas que somam R$ 20 bilhões. A companhia aerea contratou a consultoria Seabury para buscar a renegociação de dívidas.