A Gol (GOLL4) afirmou ao mercado, que ainda não deu início às negociações para um eventual acordo visando financiar sua saída do processo de recuperação judicial nos EUA (Chapter 11).
Em um comunicado ao mercado, a companhia esclareceu uma notícia publicada pelo jornal Valor Econômico, que mencionava a possibilidade de uma proposta de combinação de negócios entre Azul (AZUL4) e Gol ser apresentada a uma corte de Nova York dentro de até três meses.
A Gol destacou que já havia anunciado que o Grupo Abra estava em discussões com a Azul para explorar “potenciais oportunidades” relacionadas à companhia.
Além disso, informou que está conduzindo, junto a assessores, um processo competitivo para avaliar propostas de financiamento para sair do Chapter 11, bem como “transações alternativas viáveis e competitivas”.
“A companhia esclarece ainda que o processo competitivo acima mencionado ainda não foi iniciado, e nenhuma negociação com a intenção de concluir uma transação foi iniciada pela companhia, com qualquer terceiro”, disse a Gol.
“Do mesmo modo, não foi celebrado ou formalizado, até o presente momento, qualquer acordo, vinculante ou não, de qualquer natureza, sobre operação de parceria ou combinação de negócios junto à Gol ou seus acionistas controladores além do acordo de codeshare já devidamente divulgado”, acrescentou a Azul, se referindo a um acordo de cooperação comercial anunciado em maio.
Gol (GOLL4): BBI vê mais um mês fraco e antecipa 2T24 sem brilho
A Gol (GOLL4), atualmente em processo de recuperação judicial nos EUA, que viu suas ações caírem 88,5% no acumulado do ano, divulgou na sexta-feira (28) seus números operacionais preliminares de maio de 2024, como parte do processo do Chapter 11 da empresa.
A companhia aérea registrou um prejuízo líquido de R$ 371 milhões em maio, enquanto sua receita líquida totalizou R$ 1,27 bilhão no mesmo mês. A dívida líquida da empresa alcançou R$ 24,4 bilhões no período.
Para o Bradesco BBI, os números não são muito animadores, destacando dois resultados fracos consecutivos e antecipando um segundo trimestre de 2024 (2T24) sem grande destaque.
A baixa sazonalidade das viagens aéreas no Brasil e as enchentes no Rio Grande do Sul, que interromperam as operações no aeroporto de Porto Alegre (POA), afetaram negativamente a receita em maio. Isso resultou em uma queda mensal de 6% na receita por unidade de capacidade (RASK), que ficou em R$ 0,41.