O CEO da GOL (GOLL4), Celso Ferrer, afirmou, nesta quinta-feira (25), que o pacote de medidas em desenvolvimento pelo governo para auxiliar o setor aéreo tem o potencial de acelerar a reestruturação da companhia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está colaborando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na articulação da criação de um fundo destinado ao financiamento de empresas do setor aéreo.
Em resumo, nesta quinta (25), a Gol anunciou ao mercado que, solicitou a inclusão no processo de chapter 11, equivalente à recuperação judicial no Brasil, junto ao Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. Esse mecanismo possibilita que a companhia obtenha financiamento e realize uma reestruturação financeira, preservando suas operações. Vale destacar que esse mesmo modelo foi adotado pela Latam em 2020.
O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, revelou que o governo planeja instituir um novo fundo destinado ao financiamento do setor. De acordo com ele, o mecanismo estará operacional em 10 dias e tem a expectativa de contar com recursos entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. Está previsto que Lula se reúna nos próximos dias com os gestores das companhias para discutir o assunto.
De acordo com Ferrer, a GOL demonstra interesse nas iniciativas do governo, incluindo a criação do fundo e outras medidas estruturantes para o setor, como aquelas direcionadas à redução do preço do querosene de aviação.
“Tudo que está sendo avaliado pelo governo vai fazer a gente acelerar esse processo (de recuperação) e ser uma companhia ainda mais forte. São movimentos que vemos com bons olhos para o futuro da companhia e que podem acelerar nosso processo de retomada”, disse o CEO em entrevista a jornalistas.
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Gol (GOLL4): CEO acredita que reestruturação dure menos de 2 anos
O CEO da Gol (GOLL4), Celso Ferrer, aposta suas fichas em uma rápida reestruturação da companhia, que aderiu ao Chapter 11 nos EUA, o equivalente à recuperação judicial no Brasil.
Apesar de não especificar uma data, em entrevista para o Estadão/Bloomberg, ele disse acreditar que dure “significativamente menos” do que o de outras companhias aéreas da América Latina. A Latam e Avianca, por exemplo, demoraram cerca de dois anos.
Ferrer avaliou o processo de reestruturação das duas empresas como bem sucedido, mas avalia que o momento atual é mais favorável para a Gol. “Não estamos em uma pandemia, é um cenário de demanda consistente”, afirmou.
Para Ferrer, a operação da Gol é mais simples, com apenas um tipo de aeronave, o que deve também contribuir para agilizar a conclusão do Chapter 11. O executivo também avalia que o fato de a empresa ter feito dois rounds de negociação com lessores em 2023 deve também garantir que essas conversas sejam concluídas com sucesso em pouco tempo.
O CEO da Gol afirmou que o objetivo é melhorar a estrutura de caixa da companhia, diminuindo a alavancagem e mantendo as operações normalmente.
