Gol (GOLL4) anuncia primeira troca no comando da empresa em dez anos

Paulo Kakinoff deixará o comando da companhia e será substituído por Celso Ferrer

A Gol (GOLL4) vai mudar de CEO depois de dez anos. Paulo Kakinoff deixará o comando da companhia, de acordo com um comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (16). Ele será substituído por Celso Ferrer, que é o atual diretor de operações. A mudança passa a valer no mês de julho.Kakinoff vai integrar o Conselho de Administração da empresa.

Ferrer tem 39 anos e entrou na Gol em 2004, como estagiário. Desde 2019 ele lidera as áreas de Operações, Segurança Operacional, Aeroportos, Planejamento, Malha, Suprimento e Frota. Também atuou como Vice-Presidente de Planejamento por cinco anos. É piloto e integrante do quadro de tripulantes da Gol.

O executivo deve focar na transformação digital da empresa, além de acelerar o processo de renovação de rotas, sustentabilidade e expansão da malha da Gol. A companhia conta com 14 mil funcionários.

“É um processo de sucessão privilegiado, com a transição sendo acompanhada de perto por mim, Chairman e fundador, pelo Comitê de Gestão de Pessoas e Governança da Gol, e ainda com a mentoria do Paulo Kakinoff, que continuará contribuindo com seu conhecimento, agora como Conselheiro”, declarou Constantino Júnior, Presidente do Conselho de Administração da Gol em comunicado.

Gol anunciou criação do Grupo Abra em parceria com a Avianca

A brasileira Gol e a colombiana Avianca se juntaram para formar uma holding com o intuito de compartilhar a mesma plataforma de negócios. Investidores irão fazer um aporte de US$ 350 milhões na Abra.

A Gol e a Avianca querem manter operações independentes enquanto “se beneficiam de maior eficiência e investimentos feitos pelo mesmo grupo controlador”, afirmou em nota.

O Grupo Abra também deterá participação econômica não controladora da companhia aérea Viva na Colômbia e no Peru.

“A operação não acarretará a obrigatoriedade de realização de uma oferta pública de aquisição de controle para os acionistas minoritários da Gol, uma vez que não haverá alienação ou transferência do controle acionário”, afirmou a Gol em fato relevante.