Análise

Goldman avalia setor de frigoríficos e tem preferência por JBS (JBSS3) 

O banco alegou o mix de produtos e geração de caixa para basear decisão

Foto: Unsplash
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Em análise sobre o setor de frigoríficos, o Goldman Sachs vê que as companhias de proteína animal terão benefícios do ciclo benigno dos preços do frango, além dos efeitos da desvalorização do dólar. A instituição elegeu a JBS (JBSS3) como preferida, pelo mix de produtos e geração de caixa.

“A JBS é a nossa preferida nas ações de proteína animal, com (potencial) de valorização de 18% em relação ao nosso preço-alvo, com mix diversificado, geração consistente de fluxo de caixa livre e valuations pouco exigentes”, disse o Goldman Sachs em relatório.

Sendo assim, o banco tem recomendação de compra para as ações JBSS3, com preço-alvo de R$ 34,60. Junto a isso, houve ajuste na projeção do Ebitda –  lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – do 2TRI24, indicando aumento de 6%, a R$ 7,4 bilhões.

Já no caso da BRF (BRFS3), o Goldman Sachs acredita que, no curto prazo, a empresa terá ganhos com a ajuda de operações de hedge, oferta equilibrada no mercado, exposição no Oriente Médio e boas condições no mercado interno, de acordo com o “InfoMoney”.

A recomendação para o papel BRFS3 é neutra, com preço-alvo de R$ 19,50, enquanto a instituição espera um Ebitda ajustado de R$ 2,4 bilhões no 2TRI24. 

A perspectiva do Goldman Sachs se baseia na valorização que as companhias de proteínas tiveram nos últimos pregões, após uma situação na China que beneficia as empresas brasileiras. 

Para a Minerva (BEEF3), o preço-alvo é de R$ 7,15 com recomendação de compra, bem como potencial valorização de 11%. 

No país asiático, o Ministério do Comércio realiza uma investigação antidumping sobre as importações de carne suína da União Europeia, o que eleva as expectativas sobre as exportações do Brasil.

BC se tornou a ‘única âncora’ do mercado, diz Ramos, do Goldman

BC (Banco Central) se tornou a “única âncora” do mercado diante da deterioração fiscal, e os riscos de alta da Selic (taxa básica de juros) são constantes. A afirmação é de Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs (GSGI34).

Segundo o economista, há a possibilidade de que o desequilíbrio na economia obrigue o BC a aumentar sua taxa.

“As probabilidades de isso acontecer ainda são baixas, embora mais elevadas do que há dois ou três meses, e aumentando”, disse ele, de acordo com a Bloomberg.

IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) superior ao previsto, divulgado nesta terça-feira (11), combinado aos riscos fiscais, torna um corte da taxa improvável na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima semana.