Previsão

Goldman: expansão de crédito privado a US$300 bi em 5 anos

"É uma oportunidade enorme", disse Marc Nachmann, chefe global de gestão de ativos e patrimônio do Goldman

Goldman Sachs / Divulgação
Goldman Sachs / Divulgação

A Goldman Sachs Asset Management, uma divisão do Goldman Sachs Group (GS), planeja expandir sua carteira de crédito privado para US$ 300 bilhões em cinco anos, em comparação com os atuais US$ 130 bilhões, revelou um executivo do banco, destacando um plano de crescimento ambicioso.

“É uma oportunidade enorme”, disse Marc Nachmann, chefe global de gestão de ativos e patrimônio do Goldman, em uma entrevista à Reuters.

As ambições do Goldman Sachs em relação ao crédito privado superam as de seus concorrentes, como o Morgan Stanley (MS), que planeja dobrar sua carteira de crédito privado para 50 bilhões de dólares no médio prazo, por meio da captação de fundos de grandes investidores.

Crédito privado do Goldman

O JPMorgan Chase (JPM) alocou pelo menos US$ 10 bilhões para crédito privado, enquanto o Wells Fargo (WFC) e o Citigroup estabeleceram parcerias visando aumentar sua participação de mercado nesse segmento.

Do montante de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões que o Goldman planeja levantar para investimentos alternativos neste ano, pelo menos um terço será direcionado ao financiamento de estratégias de crédito privado, conforme informado por ele.

Nos últimos anos, os chamados “bancos sombra” ou credores não bancários têm ampliado suas operações de empréstimo, uma vez que enfrentam menos restrições regulatórias do que os credores tradicionais.

Os bancos de Wall Street têm se aliado a grandes empresas de private equity e gestores de ativos para ampliar suas operações de crédito privado. O Goldman Sachs, por exemplo, está envolvido nesse setor há quase três décadas.

O braço de gestão de ativos possui uma gama diversificada de estratégias de crédito privado, adequadas para diferentes perfis de investidores, onde os retornos são determinados pelo tipo de dívida ou participação acionária detida, explicou Nachmann.