O Goldman Sachs reduziu a probabilidade de os EUA entrarem em recessão nos próximos 12 meses de 25% para 20%, após a divulgação de relatórios favoráveis sobre pedidos de seguro-desemprego e vendas no varejo na semana passada.
No início deste mês, a corretora havia aumentado essa chance de 15% para 25%, em resposta à alta da taxa de desemprego para o maior patamar em três anos em julho, o que despertou preocupações sobre uma possível desaceleração econômica.
“Agora reduzimos nossa probabilidade de 25% para 20%, principalmente porque os dados divulgados desde 2 de agosto não mostram sinais de recessão”, disse o economista-chefe do Goldman Sachs para os EUA, Jan Hatzius, no sábado.
O relatório de seguro-desemprego divulgado na quinta-feira indicou que os pedidos caíram para o nível mais baixo em um mês na semana anterior. Paralelamente, dados separados mostraram que as vendas no varejo registraram o maior crescimento em um ano e meio em julho.
Hatzius afirmou que, se o relatório de empregos de agosto apresentar resultados “satisfatórios”, ele reduzirá a probabilidade de recessão nos EUA para 15%.
O economista-chefe do Goldman Sachs para os EUA declarou que o Federal Reserve deve reduzir os juros em 25 pontos-base na reunião de setembro, mas não descartou a possibilidade de um corte de 50 pontos-base caso o relatório de empregos fique abaixo das expectativas.
Goldman Sachs (GSGI34): lucro supera projeções com subscrição da dívida
O Goldman Sachs (GSGI34) viu seu lucro mais que dobrar no segundo trimestre de 2024 e superou as estimativas dos analistas devido à forte subscrição de dívida e negociação de renda fixa, embora tenha recuado em relação ao primeiro trimestre deste ano.
“Continuamos muito bem posicionados para nos beneficiar de uma retomada contínua da atividade”, disse o CEO do Goldman Sachs (GSGI34), David Solomon, de acordo com a “Reuters”. O executivo iniciou a teleconferência com analistas repudiando a tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo Solomon, mesmo com a atividade nos mercados de capitais e fusões melhorando, ela se mantém inferior às médias históricas.
As ações do Goldman fecharam com alta de 2,68%, a R$ 89,27 na B3 (B3SA3), a bolsa de valores brasileira.
Os lucros da empresa avançaram para US$ 3,04 bilhões nos três primeiros meses deste ano, um dado 3% superior à expectativa média dos analistas, conforme o consenso da LSEG.
O Goldman está preparado para obter maiores lucros com taxas de bancos de investimento devido ao aumento significativo em sua carteira de pedidos, declarou Kenneth Leon, diretor de pesquisa da CFRA Research, que tem uma classificação de compra para as ações, em nota.