Pior do que o esperado

Governo central tem déficit primário de R$ 1,5 bi em março

Projeção de analistas era de superávit de R$ 1,5 bilhão

Governo central registra déficit primário
Governo central / Divulgação

O governo central registrou um déficit primário de R$ 1,527 bilhão em março, valor inferior ao saldo negativo de R$ 7,083 bilhões no mesmo período do ano anterior.

No entanto, esse resultado ficou acima das previsões dos analistas, conforme informado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29). De acordo com uma pesquisa realizada pela Reuters, os analistas esperavam um superávit de R$ 1,522 bilhão para o mês passado.

Nos últimos 12 meses, o governo central apresenta um déficit acumulado de R$ 247,4 bilhões, em termos corrigidos pela inflação, representando 2,2% do PIB (Produto Interno Bruto).

Apesar de ser um resultado deficitário, é o melhor para o mês desde março de 2021, quando foi registrado um superávit de R$ 2,468 bilhões, considerando os valores ajustados pela inflação.

Em números reais, a receita líquida teve um incremento de R$ 12,6 bilhões (+8,3%) em relação ao mesmo mês do ano anterior. Enquanto isso, a despesa total aumentou em R$ 6,8 bilhões (+4,3%), comparado a março de 2023.

Com base nos dados mensais, o resultado acumulado do primeiro trimestre totalizou um superávit de R$ 19,431 bilhões, uma queda em relação ao saldo positivo de R$ 31,209 bilhões registrado no mesmo período de 2023.

Servidores do BC e Governo assinam acordo salarial

Representantes do governo federal e dos servidores do Banco Central (BC) formalizaram, na última sexta-feira (26), um acordo abordando questões salariais e outras demandas da categoria.

Após dez meses de operação-padrão, espera-se que a assinatura do termo encerre essa situação.

O acordo, aprovado em assembleia geral da categoria no dia anterior (25), estabelece um reajuste salarial de 10,9% em janeiro de 2025 e outro de 10,9% em maio de 2026 para o último nível da carreira de especialista (analistas e técnicos).

Além disso, o governo concordou em alterar a nomenclatura de “analista” para “auditor” e ampliar de 13 para 20 níveis de carreira.

Na cerimônia de assinatura, a Secretaria de Relações de Trabalho do MGI representou o governo, enquanto membros do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) e do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SintBacen) representaram os servidores.