As ações ordinárias do Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR3) foram umas das mais desvalorizadas na sessão do Ibovespa desta terça-feira (16). Por volta das 12h30 (horário de Brasília), o valor dos papéis caíam 3,60%, cotadas a R$4,81.
No decorrer da manhã as ações operavam com volatilidade e chegaram a avançar mais de 10%. Nas sessões anteriores, como no pregão de segunda-feira (15), o GPA (PCAR3) teve altas expressivas de 22,17%. Esse aumento foi puxado, principalmente, pela notícia de que a empresa poderia suspender a oferta pública primária de ações e assim atingir o valor de R$ 1 bilhão, segundo o Valor Econômico.
A análise realizada pela Genial Investimentos explica que a proposta de aumento de capital de R$ 1 bilhão anunciada em dezembro pressionou o papel. Todavia, essa pressão diminui conforme informações indicaram que a empresa deve demorar mais na execução da operação.
Os analistas ressaltam que a GPA (PCAR3) é uma das ações mais shorteadas no Ibovespa, motivo pelo qual eles entendem que a ação pode ter sido impulsionada por uma grande cobertura da posição short.
Já o Bradesco BBI chama atenção ao fato do grupo francês Casino, que até então controla o GPA (PCAR3), está em fase final de entrega do controle ao empresário tcheco Daniel Kretinsky. Além disso, o executivo já demonstrou interesse na venda dos ativos do Grupo na América Latina.
O BBI avalia que o GPA (PCAR3) está passando por uma recuperação operacional lenta e constante, com operações comprovadamente melhores em seu negócio principal, supermercados e formatos de proximidade, mas ainda há grande problema de dívida a ser resolvido.
“Como a empresa não possui problema de liquidez de curto prazo, o interesse da empresa é buscar o momento mais adequado para prosseguir com a oferta, a fim de maximizar os recursos e obter as melhores condições para os acionistas minoritários”, disse o banco.