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GPA (PCAR3): Casino propõe venda de fatia da empresa 

Casino propôs iniciar negociações para a venda da participação societária indireta detida pela companhia na Cnova

O GPA (PCAR3) emitiu fato relevante nesta sexta-feira (8) informando que seu acionista controlador, o Grupo Casino, propôs iniciar negociações para a venda da participação societária indireta detida pela companhia na CNova, para uma entidade do grupo Casino, por um preço a ser definido e acordado pelas partes.

A CNova é uma sociedade holandesa que atua no comércio eletrônico e possui suas ações negociadas na Euronext Paris. O GPA detém uma participação societária indireta de 34% no capital social da CNova e o Casino detém 64,8%.

Segundo comunicado, a proposta foi submetida para análise do Conselho de Administração que, pelas características da potencial transação, optou pela formação de um comitê especial independente, composto pelos 3 membros independentes do Conselho de Administração da Companhia, que ficará encarregado de avaliar e negociar os seus termos e condições.

Às 15h21 desta sexta, (horário de Brasília), as ações do GPA estavam em queda de 1,71%, cotadas a R$ 4,58.

Casino: dona do Pão de Açúcar tem rating rebaixado pela Fitch

A agência de classificação Fitch rebaixou o rating de inadimplência do emissor de longo prazo em moeda estrangeira da Casino, de “CC” para “Default Restritivo”, no final de agosto. O corte segue o fim do período de carência de 30 dias por um cupom com vencimento em 15 de julho, referente a notas no valor de 400 milhões de euros para 2026.

O grupo francês negocia uma reestruturação de dívida com credores sob intermédio da Justiça francesa, no processo conhecido como “procedimento de conciliação”.

A Fitch reconhece que a corte autorizou a suspensão do pagamento de diversas obrigações financeiras, mas diz que trata todas as faltas de pagamento como “inadimplência restrita” ao fim do intervalo de carência.

Em julho, a varejista recebeu duas ofertas rivais para injeção de capital. O grupo optou por firmar acordo com um consórcio liderado pelo bilionário tcheco Daniel Kretinsky, que prevê entrada de pelo menos 1,2 bilhão de euros na companhia. A Fitch, porém, explica que nem todos os credores deram aval à oferta.