GPA (PCAR3) recebe aval para cisão de fatia da Éxito

O GPA comunicou a autorização do órgão regulador colombiano para a transferência das ações do Éxito para os seus acionistas

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) emitiu fato relevante na noite desta terça-feira (8) comunicando ao mercado sobre a autorização da Superintendencia Financeira de Colombia (SFC), órgão regulador colombiano, para a transferência das ações do Éxito que serão entregues aos acionistas do GPA. Na prática, o GPA vai diminuir sua participação no grupo colombiano.

O GPA informou que  entregará aos seus acionistas, 1.080.556.276 ações do Éxito de propriedade da Companhia, na proporção de 4 ações de emissão do Éxito para cada ação do GPA, na forma de: (i) Brazilian Depositary Receipts patrocinados Nível II, cada um representando 4 ações ordinárias de emissão do Éxito (“BDRs”), para os detentores de ações ordinárias de emissão do GPA; e (ii) American Depositary Receipts Nível II, cada um representando 8 ações ordinárias de emissão do Éxito (“ADRs”), para os detentores de American Depositary Receipts do GPA. 

Essas ações representam aproximadamente 83% da participação do GPA no capital social do Éxito e serão entregues aos acionistas pelo seu respectivo valor contábil, que em 30 de setembro de 2022, correspondia a R$7.133.404.372,71. 

Casino próximo de dar calote, diz agência

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou de CCC- para CC as notas de crédito que do grupo francês Casino, controlador da rede de supermercados Pão de Açúcar (PCAR3). Segundo a agência, um calote do Casino é iminente. As informações são do jornal “O Globo”.

Na semana passada, o grupo fechou acordo preliminar com os credores para reestruturar uma dívida de € 6 bilhões (R$ 31 bilhões) e passou a ser comandando pelo bilionário tcheco Daniel Kretinsky, que substituiu Jean-Charles Nouri no comando da varejista francesa.

Na avaliação da S&P, o acordo fechado não é suficiente para resolver os problemas financeiros do Casino. O acordo prevê uma injeção de € 1,2 bilhão, mas analistas estimam que a rede precisa de algo entre € 2,5 bilhões e € 3 bilhões em dinheiro novo. O acordo converterá € 4,9 bilhões de dívida em ações. A expectativa é que até setembro o acordo final com os credores seja definido.

A S&P avalia que uma inadimplência do grupo francês pode acontecer pela falta de pagamento de juros da dívida. A agência manteve a perspectiva negativa para os ratings do Casino.

De acordo com a instituição, um rebaixamento para o nível D (calote) vai acontecer se o Casino prosseguir com a reestruturação financeira da forma como foi anunciada, ou se o grupo não honrar os compromissos financeiros segundo o cronograma original.

No final de junho, o Casino anunciou que pretende vender suas filiais sul-americanas, incluindo a participação no Grupo Pão de Açúcar (GPA) e na rede colombiana Éxito. Trata-se de mais uma alternativa para reduzir suas dívidas e garantir sustentabilidade econômica do grupo.