Gramado Parks: Justiça aceita pedido de recuperação judicial

A empresa alega que tem dívidas que somam R$ 1,36 bilhão

O Grupo Gramado Parks teve o pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça do RS (Rio Grande do Sul). Com isso a securizadora Fortsec, responsável pela emissão dos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) faça a devolução dos recebíveis em até 48 horas, sob pena de multa de R$ 100 mil.

O juiz Silvio Viezzer, da Vara Regional Empresarial da Comarca de Caxias do Sul, aceitou o pedido de três das quatro empresas do Grupo Gramado, que afirma ter dívidas que somam mais de R$ 1,3 bilhão.

“Numa análise prefacial, tenho que deve ser adotado o princípio da proteção integral à atividade empresarial, com a manutenção dos empregos diretos e indiretos do grupo empresarial. E, para tanto, apresenta-se como imprescindível, para viabilizar a superação da crise, pela empresa em recuperação, da liberação dos recebíveis, conforme requerido em sede de tutela de urgência”, segundo despacho do Juiz.

O despacho do juiz também impede que a Fortesec execute as garantias dadas pelas empresas do Grupo Gramado para a emissão dos CRIs.

Contudo, a empresa emissorande uma série de CRIs e que estão na carteira de diversos FIIs (Fundos de Imobiliários) terá que mostrar qual será a destinação dos recursos oriundos da liberação dos recebíveis. 

Por outro lado, o grupo alegou que não conseguiu se recuperar após a pandemia da Covid-19. Com o aumento dos custos da dívida, não estava conseguindo honrar os pagamentos e manter a operação e por isso foi feito o pedido de RJ.

Gramado Parks obtém suspensão de pagamentos de CRI a Fortesec

O grupo Gramado Parks conseguiu na Justiça a suspensão do pagamento dos CRIs (Certificado de Repasses Imobiliários) para a securitizadora Fortesec, por 60 dias. A empresa abriu pedido para instauração de procedimento de mediação empresarial no CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, onde, na quarta-feira (22), obteve a tutela cautelar que interrompe os pagamentos. As informações são do “Valor Econômico”.