A Grendene (GRND3) comunicou ao mercado na segunda-feira (2) que firmou contratos com empresas do Grupo Comerc Energia.
Nesse sentido, o contrato firmado pela Grendene é de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças com a Varzea Holding, com a interveniência anuência da Várzea SPE, e um contrato de Compra e Venda de Energia Elétrica Incentivada com a Várzea SPE, com a interveniência anuência da Várzea Holding.
Desse modo, a Grendene adquire por R$ 50,5 milhões, com correção pela variação do IPCA a partir da data de assinatura do contrato, 84% do total das ações ordinárias de emissão da Várzea SPE, representando 42% do capital social total da sociedade.
Sendo assim, a Várzea SPE ficará responsável pela entrega da energia elétrica incentivada equivalente a 10 MW/médio à Grendene pelo prazo de 20 anos. A entrega será feita a partir de 1º de janeiro de 2024 e pagamento dos valores a serem apurados nos termos e condições do contrato.
Com a assinatura dos contratos, as partes envolvidas dão início ao processo de implementação das condições prévias necessárias para formalizar a operação.
Vale destacar que, a conclusão da operação está sujeita, entre outras condições, à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Além disso, no momento do fechamento, se todas as condições prévias forem atendidas, existe a possibilidade de celebração de um acordo de acionistas envolvendo a Várzea SPE.
Grendene (GRND3) no 2T23
A Grendene (GRND3) vendeu 15,4% menos calçados no segundo trimestre deste ano e, apesar de a receita bruta por par ter subido 8,1%, devido principalmente ao reajuste de preços no mercado interno, a receita líquida caiu 10,4% na comparação anual, de R$ 517,2 milhões para R$ 463,6 milhões.
Com isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) recuou 13,1%, de R$ 28,0 milhões para R$ 24,3 milhões, e o lucro líquido da companhia foi 12,9% menor (uma redução de R$ 65,7 milhões para R$ 57,2 milhões entre o 2T22 e o 2T23).
O grande “vilão” do resultado da Grendene, que é dona das marcas Melissa, Rider e Ipanema (e tem o licenciamento de marcas como Azaleia e Mormaii), foram as exportações. O resultado só não foi pior devido à estabilidade da receita no mercado interno, com o repasse de preço, e à melhora da margem bruta, que aumentou 6,7 pontos percentuais (de 34,2% para 40,9%).