O Grupo Mateus anunciou, nesta sexta-feira (31), que pode injetar de R$ 400 a R$ 500 milhões no Novo Atacarejo para atingir as possíveis participações finais da operação.
Os aportes em questão seriam divididos em três parcelas anuais, corrigidas pelo IPCA, para que o Grupo Mateus se torne o controlador da rede – com participação de 51% na sociedade.
Além disso, a operação pode envolver troca de ativos no perímetro da potencial operação, ou seja, localizados em Pernambuco, Paraíba e Alagoas, com base no faturamento bruto dos estabelecimentos, dependendo ainda de diligências.
A companhia reitera que a estrutura da potencial operação ainda será definida pelas partes, visando maior eficiência do ponto de vista legal e negocial, destacando que o acordo anunciado nesta semana ainda está em negociação.
Grupo Mateus fecha acordo com concorrente e avança no Nordeste
O acordo para assumir o controle do Novo Atacarejo foi fechado pelo Grupo Mateus, que avança na Região Nordeste. A empresa pertence à família Assis, cuja atuação alcança os estados de Pernambuco e Paraíba, com 29 lojas, de acordo com o “Pipeline”.
Conforme informações do memorando de entendimento não vinculante, nascerá uma nova companhia – de varejo, atacado de distribuição e atacarejo – com a união entre o Novo Atacarejo e as 21 unidades do Grupo Mateus nos estados citados.
O estado de Alagoas também será incluído. Outros estados do Nordeste, e do Norte, têm a presença de unidades do Grupo Mateus, contudo, eles não entraram no acordo final.
Confira os termos do acordo
Com o fechamento do acordo, o Grupo Mateus será responsável por 51% do negócio resultante, ao passo que os acionistas do Novo Atacarejo ficarão com os outros 49%.
Levando em conta os números de 2023, a soma das 50 lojas resultam em uma receita bruta no total de R$ 6,8 bilhões. Essa vertente chega à soma de R$ 4,5 bilhões apenas considerando os números do Novo Atacarejo.
Enquanto isso, ao todo o Grupo Mateus teve receita bruta de R$ 30,2 bilhões no período.
Essa última, em fato relevante, não revelou o valuation levado em conta, porém afirmou que o cálculo do valor final será feito com base no faturamento bruto do atacado de distribuição e dos estabelecimentos da empresas, isto na região que o acorde atinge, segundo o veículo.
Visando a garantia dos percentuais acordados entre as empresas, o caixa da sociedade resultante pode receber um aporte. Além disso, ambas fecharam exclusividade nas negociações.
A operação segue em fase de diligências, e o Itaú BBA já foi engajado pelo Grupo Mateus como assessor, enquanto o escritório Pinheiro Guimarães foi escolhido como assessor jurídico.
O Araújo Fontes e o escritório Machado Meyer são, respectivamente, os assessores financeiro e jurídico do Novo Atacarejo.