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Grupo Pátria e a estratégia na aquisição do Atakarejo

O Grupo Pátria anunciou a aquisição de 56% do controle prioritário do Atakarejo, com aporte de aproximadamente R$ 700 mi

O Grupo Pátria anunciou, na última terça-feira (3), a aquisição de 56% do controle prioritário do Atakarejo, com aporte de aproximadamente R$ 700 milhões, segundo informações internas obtidas pelo BP Money. A aquisição faz parte de uma estratégia da gestora em constituir uma nova plataforma de investimento do Fundo VII, focada no segmento de Atacarejo no Brasil.

Vale ressaltar que o Pátria tem desempenhado um papel relevante na indústria de Alimentos & Bebidas e pretende aproveitar sua vasta experiência e capacidade sólida de geração de valor para estabelecer-se como um dos principais participantes regionais do mercado brasileiro de atacarejo.

Nesse sentido, a nova plataforma constituída pelo Grupo Pátria, iniciou os investimentos com a aquisição do Atakarejo, e visa expandir de maneira tanto orgânica quanto inorgânica, incluindo a abertura de novas lojas, especialmente em pequenas e médias cidades. 

Desse modo, o objetivo é criar uma das empresas mais relevantes em um setor que demonstra resiliência e crescimento acelerado no Brasil, afirma a Pátria em relatório divulgado na noite desta terça-feira (3).

Grupo Pátria foca no setor de alimentos

Ainda em documento, o Grupo Pátria destacou que, o mercado de atacarejo é um setor grande e resiliente no Brasil, com vendas de aproximadamente R$205 bilhões, que apresentou nos últimos anos, um  crescimento acelerado de 18,8% a.a. O crescimento foi superior ao crescimento médio do mercado global de varejo de alimentos de 9,8% a.a. no mesmo período. 

Dessa forma, é esperado que o mercado de atacarejo siga  desfrutando de um crescimento de dois dígitos nos próximos cinco anos, com uma expectativa de 15,7% a.a. Ao mesmo tempo, o mercado geral de varejo de alimentos mantém um sólido crescimento projetado de 7,9% a.a.

O crescimento notável do formato atacarejo foi impulsionado por uma série de fatores. Entre eles, houve uma mudança nas preferências dos consumidores em direção a preços mais acessíveis, especialmente devido à demanda das classes econômicas mais baixas e da crescente classe média no Brasil. 

Além disso, houve uma ampla substituição de lojas de varejo de alimentos tradicionais (com menos de quatro caixas) por formatos modernos de varejo de alimentos, como as lojas de atacarejo, em todo o país. 

Vale destacar que a perspectiva de crescimento é particularmente promissora na região Nordeste, onde o varejo tradicional ainda detém uma parcela significativa do mercado de alimentos em comparação com o Sudeste, que apresenta uma participação menor.