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Grupo Petrópolis apresenta segundo plano de RJ

O pedido do Grupo Petrópolis prevê o pagamento de dívidas na casa dos R$ 5,5 bi

O Grupo Petrópolis, proprietário das marcas de cerveja Itaipava, Crystal e Petra, apresentou na quarta-feira (6) uma segunda proposta de plano de recuperação judicial. O documento foi entregue à 5ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro.

O pedido do Grupo Petrópolis prevê o pagamento de dívidas na casa dos R$ 5,5 bilhões com continuidade das operações.

Segundo o “Estadão”, uma primeira versão já havia sido apresentada no prazo legal de 60 dias após a Justiça autorizar a Recuperação Judicial (RJ) em 13 de abril. No entanto, em assembleia de credores realizada na semana passada, os representantes do grupo solicitaram adiamento para apresentação de um novo documento até a última quarta-feira.

Com a nova proposta em mãos, os credores terão que apreciar e votar pelo acolhimento ou não do plano na próxima segunda-feira (11).

A nova proposta para o pagamento das dívidas prevê a venda de unidades produtivas isoladas (UPIs), como parte da frota de caminhões, parte ou totalidade dos ativos de energia. Além disso, o plano prevê a equalização dos encargos financeiros.

O documento do Grupo Petrópolis prevê, ainda, que as empresas do grupo possam obter novos recursos “junto a credores, instituições financeiras, investidores ou outros interessados em fazer aportes nas empresas”, desde que as operações não atrapalhem a execução da RJ.

Pedidos de recuperação judicial sobem 52% no 1S23, a maior em 3 anos

O número de pedidos de recuperação judicial no primeiro semestre de 2023 foi o maior dos últimos três anos. De acordo com o Serasa Experian, foram 593 solicitações entre janeiro e junho, uma alta de 52% em relação aos 390 requerimentos registrados no mesmo período de 2022.

Desde janeiro deste ano, diversas empresas entraram com pedido de recuperação judicial, como Americanas (AMER3), Oi (OIBR3), Light (LIGT3) e Grupo Petrópolis. Juntas, somente essas quatro companhias somam dívidas superiores a R$ 100 bilhões. De acordo com Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o avanço é fruto da alta da inadimplência das empresas, que alcançou 6,48 milhões de companhias somente em maio.

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