Grupo Suno acusa Hectare de 'degradante tentativa de retaliação'

O Grupo Suno se posicionou em relação ao mandado de busca e apreensão expedido pelo juízo da 32º Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo, na última terça-feira (14). A empresa destacou que a “Suno Research”, casa de análises do grupo, alerta seus clientes desde maio de 2021 em relatórios fundamentados e assinados por seus analistas sobre riscos na gestão do fundo HCTR11, pedindo apenas mais transparência dos gestores. Dessa forma, o Grupo Suno caracterizou a ação como uma “degradante tentativa da Hectare de retaliar a atuação firme e independente da Suno”. 

“Portanto, a referida ação é uma degradante tentativa da Hectare de retaliar a atuação firme e independente da Suno na sua atividade de análise de valores mobiliários, em detrimento da adequada disseminação de informações no mercado de capitais”, informou a Suno. 

O Grupo Suno explicou que os analistas pediram para que a Hectare desse mais transparência sobre sua gestão de risco do fundo HCTR11, no ano passado, o que não ocorreu. 

“A Suno ressalta que jamais negociou, não está negociando e nem pretende negociar cotas de emissão do Fundo HCTR11 e que seus relatórios de análise cumprem integralmente a legislação e a regulamentação em vigor, sujeitando-se a controles internos rigorosos”, destacou a empresa em comunicado à imprensa. 

Suno nega “campanha difamatória” sobre HCTR11

Oficiais de justiça realizaram uma busca na sede da Suno, em São Paulo, na última terça-feira (14), após uma ação de produção antecipada de provas, ajuizada pela Hectare Capital Gestora de Recursos Ltda., sob “a falsa alegação”, segundo a Suno, de que a Hectare e fundos por ela geridos teriam sido vítimas de uma campanha difamatória promovida pela empresa. 

“Após se manifestar no âmbito da referida ação de produção antecipada de provas para esclarecer os fatos ao juízo competente, a Suno adotará as providências para que seja reparada pela falsa acusação formulada pela Hectare”, informou o Grupo Suno em comunicado.

“Por fim, a Suno reitera que as diligências realizadas estão associadas a uma ação privada de natureza civil, a qual não é movida pelo Ministério Público, pela polícia ou por outras autoridades públicas”, concluiu a empresa.