Guido Mantega, o ex-ministro da Fazenda que já foi cotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar a Vale (VALE3), mantém sua atuação informal como consultor econômico do governo, mas apontou que a movimentação com a mineradora não vingou.
Sobre os planos de atuar na Vale, Mantega disse não haver “nenhuma possibilidade, mesmo porque eu não tenho nenhuma vontade de ir para lá”.
Além disso, Mantega mencionou que a intenção de Lula em levá-lo ao conselho da Braskem (BRKM5) também não foi adiante.
“Não sei o que está acontecendo, não recebi mais nenhuma informação a respeito”, afirmou Mantega à “Reuters” na segunda-feira (5). O ex-ministro afirmou, em junho, que a Casa Civil o havia sondado e que ele estava à disposição.
O ex-ministro disse que não enxergou uma relação direta entre as notícias de sua possível indicação a ambas as empresas e a reação negativa do mercado, de acordo com o “InfoMoney”.
“Se você vai lá olhar as ações, vai ver que elas estão mais baixas do que quando eu poderia ir para a Vale. Quando se cogitava que eu pudesse ir, as ações estavam em R$ 75, hoje elas estão em R$ 62. Vai dizer que é por minha causa? Não é por minha causa. E da Braskem, bobagem, não tem nada a ver”, afirmou.
Guido Mantega também já esteve à frente do Ministério do Planejamento e Orçamento e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e disse estar se dedicando a escrever um livro sobre suas experiências no governo. Segundo ele, o intuito é combater “visões totalmente deturpadas”.
“Na luta política, aí tudo fica complicado. Os opositores têm que dizer que é um desastre, quebrou a economia, essas coisas. Mostre os dados, olhe os dados para você ver qual é o desempenho”, disse.
Mantega descarta assumir o Banco Central
O ex-ministro Guido Mantega demonstrou surpresa com os rumores que circularam na última quarta-feira (19) no mercado, sugerindo que ele assumiria a presidência do Banco Central no final do ano.
Mantega comentou com pessoas próximas que nunca se candidatou ao cargo e que seu nome não foi mencionado por Lula. As informações pertencem à Coluna de Lauro Jardim, de “O Globo”.
Após as recentes críticas do presidente da República à política monetária e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na véspera da decisão do Copom, surgiram especulações sobre possíveis candidatos para liderar a instituição no próximo ano.
Durante uma entrevista à Rádio CBN na última terça-feira (18), Lula mencionou que seu indicado para o Banco Central seria uma pessoa “madura” e “calejada.”