Conhecido como “Guru dos mercados emergentes”, o alemão-americano Mark Mobius se mostrou animado para seguir investindo no Brasil após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano no País.
“No passado estávamos preocupados quando Lula seria eleito, mas essas preocupações se mostraram infundadas”, afirmou o guru dos mercados à BBC.
De acordo com Mobius, o mercado reagiu bem à vitória petista e ele crê que o terceiro mandato de Lula será formado por uma política fiscal sensata. “No passado, estávamos preocupados quando Lula seria eleito, mas essas preocupações se mostraram infundadas. Há razões para acreditar que o governo Lula continuará com uma política fiscal sensata”.
O megainvestidor destaca que o Brasil “instituiu uma série de medidas para prevenir a corrupção na extensão dos escândalos da Lava Jato” e elenca alguns fatores positivos para isso.
“Existem vários impedimentos à má gestão de empresas controladas pelo governo, incluindo a atribuição de responsabilidades a indivíduos e a limitação de indicações políticas. Além disso, a porcentagem de empréstimos concedidos por bancos controlados pelo governo caiu nos últimos anos, de modo que o crédito ao setor privado é mais prevalente”, explicou Mobius.
“Também é bom ver que a Petrobras, a gigante do petróleo, vem vendendo ativos não essenciais e pagando dívidas, tornando-se uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo. Portanto, não estamos vendo uma indústria petrolífera diversificada em vez de um monopólio”, completou.
Guru dos mercados lançou gestora de investimentos
Em maio de 2018, Mobius lançou sua própria gestora de investimentos, a Mobius Capital Partners LLP. Antes disso, trabalhou na Franklin Templeton Investments por mais de 30 anos, mais recentemente como CEO do Templeton Emerging Markets Group.
Sua gestora administra um fundo destinado exclusivamente a mercados emergentes, o Mobius Emerging Markets Fund, disponível para investidores brasileiros. Durante seu comando, o grupo expandiu os ativos sob gestão de US$ 100 milhões para mais de US$ 50 bilhões.
Ele é considerado o “guru dos mercados emergentes”, por ter colocado as nações em desenvolvimento no radar dos investidores globais.