O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na tarde desta segunda-feira (13), planeja anunciar uma medida relacionada à renegociação da dívida do estado do Rio Grande do Sul com a União, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
“Hoje, o presidente [Lula] deve anunciar, na presença de representantes do Senado, Câmara e do Supremo Tribunal Federal, uma medida específica sobre a dívida do Rio Grande do Sul. Eu vou deixar o anúncio a cargo da Presidência”, disse Haddad, sem detalhar qual seria essa medida.
Com o Rio Grande do Sul sendo novamente afetado por fortes chuvas, enfrentando uma das maiores tragédias climáticas de sua história, o governo central intensificou as negociações com o governador Eduardo Leite (PSDB) sobre a dívida do estado.
Há uma tendência de que Lula anuncie a suspensão da dívida por até 2 anos, desde que os recursos sejam direcionados para a reconstrução do estado.
Quando perguntado se as medidas relativas à dívida do Rio Grande do Sul poderiam ser estendidas a outros estados, Haddad respondeu que, por enquanto, o que será anunciado se aplicará exclusivamente ao governo gaúcho.
“Neste momento, é a calamidade [no Rio Grande do Sul] que nós estamos atendendo. Vai chegar um momento em que vamos retomar um debate que já havia sido negociado [com outros estados], mas foi interrompido em virtude dessa situação”, disse o ministro.
Haddad anuncia medidas de ajuda ao RS com impacto de R$ 50,1 bi
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou, nesta quinta-feira (9), que planeja realizar um conjunto de medidas destinadas a auxiliar os impactados pelas enchentes no Rio Grande do Sul com um impacto financeiro total estimado em R$ 50,9 bilhões.
De acordo com Haddad medidas incluem antecipação do abono salarial e linhas de crédito especiais para as famílias, empresas e pequenos produtores atingidos afetados pela crise na região.
No que se refere ao resultado primário, que não considera os gastos com juros, o impacto será de aproximadamente R$ 7,6 bilhões.
A expectativa do Governo é que cerca de 3,5 milhões de pessoas sejam beneficiadas por essas ações.
Uma das medidas mais abrangentes citada por Haddad é a antecipação do cronograma de pagamento do abono salarial de 2024, um benefício que atingirá diretamente 705 mil trabalhadores com carteira assinada.