O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reuniu-se nesta quarta-feira (10), com representantes do Banco XP na sede do ministério, em Brasília. Durante o encontro, José Berenguer, presidente do banco, e Caio Megale, economista-chefe, relataram que Haddad mostrou comprometimento na busca pelo equilíbrio fiscal.
De acordo com os participantes, Haddad demonstrou empenho em desenvolver alternativas para compensar possíveis aumentos de despesas ou quedas nas receitas durante a implementação do novo marco fiscal.
Ele também enfatizou o compromisso de cortar R$ 25,9 bilhões, conforme anunciado recentemente com a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro também mencionou os esforços da equipe econômica para buscar uma recomposição de receitas de aproximadamente R$ 17 bilhões, a fim de compensar as desonerações aprovadas pelo Congresso Nacional no ano passado.
“Com essa sinalização, ele quer mostrar que os parâmetros do arcabouço vão ser buscados e cumpridos”, disse Megale.
Durante a reunião, Haddad recebeu apoio para a agenda de corte de despesas e ouviu sobre os impactos no mercado financeiro das recentes sinalizações do Poder Executivo em favor da responsabilidade fiscal.
“Bastou o governo anunciar corte de gastos que o câmbio saiu de R$ 5,70 para R$ 5,40. A curva de juros futuros, que determina o crédito ao consumidor brasileiro, apresentou uma redução, que tem impacto direto na disponibilidade de renda para consumo da população brasileira”, pontuou Berenguer.
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bi em despesas obrigatórias
O ministro da Fazenda Fernando Haddad anunciou, na noite de quarta-feira (4), que o governo está preparando um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas orbigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025.
O anúncio aconteceu após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, para discutir a política fiscal do governo.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025”, disse o ministro a jornalistas.
“Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, completou.