Haddad diz que texto da reforma tributária será promulgado ainda este ano

Em pronunciamento, Haddad enfatizou que o Brasil ansiava por "uma racionalização do seu sistema tributário", que afastava investidores estrangeiros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, no primeiro  dia da cúpula dos Brics, nesta terça-feira (22), que o texto da reforma tributária será promulgado ainda neste ano.

Durante o discurso de abertura do Fórum Empresarial dos Brics em Johanesburgo, Haddad enfatizou que o Brasil ansiava por “uma racionalização do seu sistema tributário”, que afastava investidores estrangeiros.

“A partir de um amplo acordo com governadores, com a Câmara dos Deputados, com o Senado Federal, foi possível fazer o primeiro teste do novo sistema tributário, que agora se encontra no Senado para a finalização do texto que será promulgado ainda este ano”, disse o ministro da Fazenda.

Em suma, a reforma tributária que foi identificada como prioridade tanto pelo governo, quanto pelos parlamentares, deu seus primeiros passos e foi aprovada pela Câmara dos Deputados no início de julho. Agora,  encontra-se em tramitação no Senado, um ambiente onde a influência dos governadores é historicamente mais significativa.

Aprovação da reforma tributária

Vale lembrar que, no dia anterior, destacou que a discussão e aprovação da reforma tributária requerem não apenas análise de números e projeções, mas também uma abordagem sensível às questões políticas, evitando qualquer forma de discriminação regional.

De acordo com Pacheco, a previsão do relator da reforma na Casa, senador Eduardo Braga (MDB-AM), é de que o texto da matéria possa ser apreciado pelos senadores no início de outubro e que a reforma tributária seja promulgada no fim do ano.

Na semana passada, Pacheco anunciou que os 27 governadores do país se reunirão no plenário do Senado em 29 de agosto para se pronunciarem sobre a reforma tributária, que tem sido criticada por alguns governadores e prefeitos.

Ainda em durante seu pronunciamento na reunião dos Brics, Haddad destacou o que chamou de reorientação da política ecológica brasileira.

“O Brasil pretende ser fonte de energia limpa para si próprio, porque é um país que pretende se reindustrializar ou se neoindustrializar, mas também é um país que pretende exportar energia limpa para o mundo”, finalizou Haddad.