A ações da Hapvida (HAPV3) estão desabando nesta segunda-feira (09). Por volta das 16:35 (de Brasília), os papéis recuavam 10,81%, cotados a R$ 4,21. A queda ocorre após os ativos da companhia terem sua recomendação de compra rebaixada para neutro pelo Bradesco BBI e o JP Morgan.
Os analistas estimam um aumento da sinistralidade com os dados da ANS (Agência Nacional de Saúde), além de levarem em consideração os resultados do terceiro trimestre de 2022 da Hapvida.
Além das duas casas, o Bank of America (BofA) também cortou suas previsões para a companhia. “Os resultados estão deteriorando significativamente desde o M&A com a NotreDame Intermédica (GNDI3) e acreditamos que a companhia está passando por mudanças estruturais, especialmente em termos de MLR [medical loss ratio, em inglês; um indicador de sinistralidade]”, escreveu o BofA sobre a Hapvida.
Hapvida (HAPV3): JPMorgan reduz preço-alvo
Em relatório divulgado na sexta-feira (06), analistas do JPMorgan cortaram a recomendação dos papéis da Hapvida (HAPV3) para neutra, com preço-alvo reduzido de R$ 9,50 para R$ 5,50.
A equipe do banco norte-americano enxerga “ventos contrários” mais fortes ao crescimento e à lucratividade. Joseph Giordano e Estela Strano citaram que o mercado de trabalho, provavelmente mais fraco no meio do ano, deve prejudicar a expansão da base de membros da empresa.
Os analistas também citaram que o ambiente desafiador de precificação para recompor os níveis históricos de sinistralidade (MLR/ou ‘medical loss ratio’) deve permitir a normalização da rentabilidade apenas no segundo semestre do próximo ano, mesmo com sinergias esperadas da aquisição da Intermédica.
Para o JPMorgan, os próximos 24-30 meses serão mais desafiadores do que o mercado espera, “embora ainda vejamos a empresa como uma estruturante ganhadora de market share nos planos privados de saúde, principalmente se tivermos uma perspectiva positiva para o mercado de trabalho”, apontou o relatório.