A Justiça determinou que a Hapvida (HAPV3) pague cerca de R$ 700 milhões ao SUS por conta de dívidas referentes a ressarcimentos – valor que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a pagar quando seus usuários utilizam a rede pública de saúde. A decisão foi tomada na última terça-feira (5) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).
Anteriormente, a Hapvida vinha questionando a cobrança na Justiça por discordar do cálculo, conhecido como Índice de Valoração do Ressarcimento (IVR), de cobrança. A decisão judicial confirma a legalidade do IVR, que é válida para todo o setor de planos de saúde.
A Abramge, associação das operadoras de planos de saúde, também reclama que os valores cobrados equivalem a 1,5 vezes a tabela SUS, que não é atualizada há cerca de 20 anos.
Nesta sexta-feira (9), por volta das 15:20 (de Brasília), as ações da Hapvida avançam 0,94%, cotadas a R$ 4,28.
Hapvida (HAPV3) anuncia mudanças no conselho
A Hapvida (HAPV3) anunciou em 19 de maio que três membros do conselho de administração deixaram seus cargos. Em contrapartida, a companhia também anunciou os substitutos para lugares vagos. Saíram Irlau Machado Filho (ex-CEO da NotreDame e co-CEO da Hapvida após a fusão), Michel David Freund (sócio da Bain Capital) e Plínio Villares Musetti (membro independente) e chegaram Nicola Calicchio Neto, Carlos Piani e José Luis Camargo, todos independentes.
O Itaú BBA aprovou os novos nomes por conta da grande experiência que ambos têm. Analistas apontaram o movimento como natural, refletindo a nova dinâmica da empresa, com os acionistas controladores e a equipe executiva da Hapvida assumindo a operação e o processo de integração.
A mudança aumentou o número de membros independentes no conselho de administração, agora são quatro conselheiros independentes de um total de nove, “esses movimentos estão alinhados com as recentes declarações e direção da empresa”, completaram os analistas.
O Itaú BBA mantém avaliação equivalente à compra para ações da Hapvida, com preço-alvo de R$ 4,50.