Planos de saúde

Hapvida (HAPV3) perde R$ 2,4 bi após proposta em estudo pela ANS

As ações da companhia fecharam com queda de 11,28%, sendo negociadas a R$ 2,28

Foto: Hapvida/Divulgação
Foto: Hapvida/Divulgação

As ações da Hapvida (HAPV3) registraram forte queda nesta terça-feira (17), impulsionadas pela notícia de que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) apresentou propostas em estudo com mudanças na política de preços dos planos de saúde.

A reprecificação dos papéis fez a Hapvida (HAPV3) perder R$ 2,4 bilhões em valor de mercado desde o fechamento de segunda-feira (16), ao cair para R$ 17,0 bilhões na tarde desta terça-feira.

As ações da companhia fecharam com queda de 11,28%, sendo negociadas a R$ 2,28.

O documento preliminar apresentado pela agência inclui mudanças na definição do tamanho do grupamento, bem como a fixação de parâmetros para cláusulas de reajuste e de rescisão contratual. O relatório também propõe medidas como a criação de regras para a elevação dos contratos coletivos e limites de cobrança de coparticipação e franquia. As informações foram obtidas pelo Valor.

Na perspectiva dos analistas do BTG Pactual, Samuel Alves e Yan Cisquim, a Hapvida é uma das empresas que poderiam ser mais penalizadas se o modelo em estudo for adotado, considerando que ela possui sinistralidade controlada e o plano limita ajustes nos preços por essas organizações.

Hapvida (HAPV3) dobra valor em bloqueios judiciais no 3º trimestre

Hapvida (HAPV3) mais que dobrou bloqueios e depósitos judiciais no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, com R$ 869 milhões bloqueados, ante R$ 415 milhões entre julho e setembro de 2023. Diante disso, a empresa deve reajustar seus convênios médicos em 1,5% em 2025.

O aumento de preços deve ser aplicado ao longo dos próximos meses, afirmou o presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro, em teleconferência de resultados da companhia nesta quarta-feira (13). “Ainda assim, nossa expectativa é que o reajuste seja inferior do que o aplicado anteriormente, que foi em média de 12%”, disse.

A judicialização aumentou por conta de modificações nas regras que permitem inclusão permanente de procedimentos médicos na cobertura dos planos e permissão de quantidade indeterminada de sessões de terapias.