Mercado

Hapvida (HAPV3) perde R$ 7,8 bilhões em valor de mercado

A empresa ainda ocupa o espaço de maior operadora de planos de saúde do país, contudo, no momento ao valor de R$ 25,8 bilhões.

A Hapvida (HAPV3) chegou a perder R$ 7,8 bilhões em valor de mercado apenas em 2024. Sendo assim, a empresa ainda ocupa o espaço de maior operadora de planos de saúde do país, contudo, no momento ao valor de R$ 25,8 bilhões, segundo o Valor Data.

Nesta quinta-feira (15), por volta das 14h40 (horário de Brasília), as ações Hapvida (HAPV3)  caiam 0,55%, a R$ 0,55. No decorrer deste ano, a queda já acumula 22,6%, com forte desaceleração nos últimos 10 dias.

Alguns fatores têm causado desanimam aos investidores, segundo o Valor. Entre eles a taxa de sinistralidade de 68%, que estava prevista para ser alcançada no terceiro trimestre deste ano, agora é cogitada apenas para 2025. Dessa forma, o Itaú BBA, braço de análise de mercado do Itaú, reduziu o preço-alvo do papel de R$ 7 para R$ 6, nesta quinta-feira. 

Anteriormente, o Goldman Sachs já havia rebaixado suas estimativas quanto ao valor da ação, saindo de R$ 5,40 para R$ 4,80. Conforme relatório, o Itaú BBA aponta que o destaque da Hapvida (HAPV3) será a integração  com NotreDame Intermédica, em São Paulo.  

“Na nossa avaliação, a abordagem cautelosa da empresa para minimizar potenciais perturbações entre a base de beneficiários da Intermédica levou ao adiamento de certos ajustes nas operações no Sudeste, como novas mudanças na rede de atendimento. Consequentemente, espera-se que essa decisão atrase a meta da Hapvida de atingir uma sinistralidade anualizada de 68% do terceiro trimestre para o início de 2025”, destacou o banco.

Recomendações para a Hapvida (HAPV3) 

No final de janeiro, houve denúncias quanto ao descumprimento de liminares judiciais por parte da Hapvida NotreDame. Até o momento, o caso está sob investigação do Ministério Público de São Paulo.  

Ainda em sua avaliação, o Goldman Sachs também reduziu a recomendação de compra dos papéis para neutro. Além disso, destaca outros fatores que podem mudar sua projeção dentro dos próximos 12 meses. Entre eles, a desaceleração nos reajustes de preços em praças no Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Estado de São Paulo, não considerando a capital, e Minas Gerais. 

Ademais, o atrito na interação de novos ativos, especialmente em São Paulo, junto com os custos de medicamentos acima do esperado e aumento significativo nos casos de dengue, entre outros. 

Outra instituição, Citi, também avaliou a queda das ações. Para eles reflete “preocupações renovadas dos investidores sobre um processo prolongado de recuperação de margem, que combinado com a contínua fraqueza comercial, pode (mais uma vez) impulsionar outro ciclo de revisões negativas”.