Queda nas reclamações

Hapvida (HAPV3) tem maior alta do Ibovespa após relatório do Itaú

Por volta das 12h50 (horário de Brasília) desta terça-feira (11) a alta era de 5,98%., a R$ 2,48

As ações da Hapvida (HAPV3) estão em forte alta após o relatório do Itaú BBA, divulgado nesta segunda-feira (10), que afirmou que os papeis da empresa são negociados a múltiplos descontados.

Por volta das 12h50 (horário de Brasília) desta terça-feira (11), as ações da empresa tinham a maior alta do Ibovespa, de 5,98%, cotadas a R$ 2,48.

No relatório, o Itaú BBA também destacou a estratégia da Hapvida para evitar litígios. Segundo a instituição, a empresa está com um nível mais baixo de reclamações e apresentou uma estabilização, após um período desafiador.

De acordo com o banco, o IGR (Índice de Reclamações) da companhia foi de 37,3, o que representa uma queda de 33% em comparação a 2023. Isto sugere uma melhora, mesmo que a empresa ainda esteja sendo monitorada de perto por investidores.

Itaú BBA avalia quem perde e ganha com polêmica dos remédios

A proposta do governo de aprovar a venda de medicamentos em supermercados, para aqueles que não precisam de receita médica, além de ter gerado polêmica, poderia ser negativa para as farmácias, conforme avaliou o Itaú BBA. O banco apontou que o negócio pode gerar uma redução de até 15% nas receitas da RD Saúde (RADL3), Pague Menos (PGMN3) e Grupo Panvel (PNVL3). 

Enquanto isso, no segmento de varejo de alimentos, a medida poderia trazer lucros adicionais, na visão do Itaú BBA. 

A possibilidade de venda em supermercados de medicamentos que não necessitam prescrição médica, seria uma forma de combater a inflação mais alta dos alimentos. No entanto, ainda é uma proposta inicial e precisará passar pelo Congresso Nacional.

Na avaliação do Itaú BBA, não há um cenário em que essa medida poderia ajudar a reduzir a inflação de alimentos, porque é difícil supor que as redes de supermercados irão transferir esse lucro adicional para preços mais baixos de alimentos.

Em paralelo a isso, haveria regulamentações sanitárias mais rigorosas para as varejistas de alimentos, caso passassem a vender medicamentos. Com isso, a lucratividade poderia sofrer um impacto, porém, essa categoria de remédios geralmente oferece margens brutas mais altas, de 30% a 35%, em comparação com 16% a 20% para o varejo de alimentos.

O Itaú BBA ainda destacou que facilitar o acesso a medicamentos que não necessitam prescrições médicas pode aumentar o mercado desses produtos, em especial com a possibilidade de apoiar o consumo por impulso.

Além disso, pelo viés de saúde pública, isso também pode incentivar a automedicação, que é responsável por uma parcela significativa de casos de intoxicação, algo que também foi criticado pelo Ministério da Saúde.