O FII (fundo imobiliário) de papel Hectare CE (HCTR11) reduziu o valor de seu patrimônio líquido em 3,49% após reajuste de 25 ativos do fundo, como informou a Vórtx, administradora do HCTR11, na sexta-feira (3).
Nesta quarta-feira (8), as cotas do HCTR11 apresentavam uma queda de 3,83% por volta das 13h40, negociadas a R$ 17,81.
Antes da desvalorização do patrimônio, o FII já havia informado ao mercado que não tinha alcançado resultados suficientes em novembro para remunerar os cotistas. Segundo a gestora do fundo, Hectare Capital, a decisão de não pagar proventos está de acordo com as regras para o mercado de FIIs.
O HCTR11 foi criado em 2018, adotando uma estratégia de investimentos de alto risco. O fundo se destacou por sua distribuição de dividendos entre setembro de 2020 e janeiro de 2023, com repasses superiores a R$ 1 por cota e máxima histórica de R$ 3,20 em janeiro de 2022, segundo informações do “E-Investidor”.
Em dezembro de 2022 o FII chegou a ter 200 mil cotistas e patrimônio líquido de R$ 2,6 bilhões. Mas, desde 2023, o fundo passa por desafios financeiros em razão da inadimplência dos ativos em seu portfólio. No início de 2024, isso levou os cotistas do HCTR11 a tentarem fazer com que a Hectare Capital deixasse de ser gestora do FII.
Mas o movimento vem perdendo força por conta da burocracia para prosseguir com o trâmite, de acordo com informações do “E-Investidor”.
FII Genial Malls compra 45% de shopping da Allos no Maranhão
O FII Genial Malls (MALL11) assinou um compromisso para a compra de 45% do Rio Anil Shopping, em São Luís (MA), complexo que faz parte do portfólio da Allos (ALOS3). A transação está avaliada em R$ 172 milhões.
“A administração do Rio Anil permanecerá com a Allos e este será o 5º shopping do portfólio do fundo administrado pela empresa”, afirmou o fundo em comunicado divulgado nesta segunda-feira (30).
De acordo com a nota, após a aquisição, os shoppings administrados pela Allos representarão, aproximadamente, 30% do NOI (Net Operating Income) estimado para 2025 do FII.
O fundo prevê que o fechamento do negócio deve ocorrer na primeira quinzena de janeiro. O MALL11 deve pagar 70% do valor com recursos que vão ser captados na sexta emissão de cotas da carteira. O restante vai ser pago com a emissão de um CRI (certificado de recebíveis imobiliários).
O FII espera que a aquisição eleve a receita imobiliária mensal do fundo em R$ 0,09 por cota. O fundo vai ter participação em 15 ativos de seis estados após o negócio e vai aumentar em 13% sua ABL (área bruta locável), com um total de 146 mil metros quadrados.