A Hectare Real State (HCTR11) anunciou que em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, o seu fechamento para realização de resgates a partir de desta quarta-feira (5).
O resgate de investimentos acontece quando o investidor deseja vender as suas cotas de um fundo de investimento. Assim, ao solicitar esse resgate de cotas, o investidor irá receber em troca de suas cotas o valor correspondente a elas.
Caso o cotista solicite o pagamento de suas cotas do fundo de investimento, são necessários certos prazos para que o investidor receba o seu dinheiro na conta. Essas informações estão inseridas no documento que contém todas as informações necessárias para se investir no fundo em questão.
Dependendo do prazo de resgate de um fundo de investimento, é possível ter o correspondente valor das cotas desse fundo no mesmo dia em que se solicita a recuperação do dinheiro.
Nesta quarta-feira (5), por volta de 16h20 (horário de Brasília), as ações do fundo caíam 3,84% cotadas a R$ 59,32.
Gramado Park obtém suspensão de pagamentos de CRI a Fortesec
O grupo Gramado Parks conseguiu na Justiça a suspensão do pagamento dos CRIs (Certificado de Repasses Imobiliários) para a securitizadora Fortesec, por 60 dias. A empresa abriu pedido para instauração de procedimento de mediação empresarial no CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, onde, no dia 22 de março, obteve a tutela cautelar que interrompe os pagamentos. As informações são do “Valor Econômico”.
No documento enviado à Justiça, a Gramado afirmou que os recebíveis das empresas do grupo foram apresentados como garantia das operações feitas com a Fortesec, que são depositados na conta administradora da securitizadora. Ao menos três CRIs foram estruturados pela Fortesec, segundo informações do site da empresa, as operações somam R$ 237 milhões. Os papéis foram distribuídos ao mercado.
Os certificados de recebíveis aparecem na lista de investimentos do fundo Hectare (HCTR11), que pertence ao mesmo grupo da Fortesec, conforme documento disponível na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A Gramado explicou no documento que estima que “sejam drenados para as contas centralizadoras da Fortesec recebíveis que somam quase R$20 milhões”, e que se usados em favor da companhia podem “fazer frente às despesas operacionais, evitando o agravamento das atividades empresariais”.
Para que os investidores dos CRI não sejam afetados, a securitizadora deve acionar mecanismos de proteção, como o fundo de reserva dos papéis, segundo fontes a par do negócio.