A Heineken (HEIO), que opera na Bolsa de Valores de Amsterdã, registrou lucro de €$ 2,3 bilhões no ano passado, no comparativo com 2022, quando a empresa teve €$ 2,68 bilhões, os números caíram. A estimativa dos analistas era de €$ 2,5 bilhões, por consequência, as ações da companhia caíram 7%.
Conforme informações da agência Dow Jones, o volume de vendas da Heineken (HEIO) teve queda de 4,7% no ano. O esperado era por volta de 4,3%, mas, apesar disto, os volumes da marca Heineken cresceram 2,5%. Nesta quarta-feira (14), os papéis Heineken (HEIO) fecharam a sessão da Bolsa de Amsterdã em baixa de 7,03%, a €$ 72,10.
Sob o controle da companhia estão marcas como a Heineken, a Amstel, a Red Stripe e a Sol. Segundo o veículo de notícias, a empresa apontou que o reajuste de preços para compensar custos elevados em alguns mercado foi o que levou à queda do lucro.
Outros resultados da Heineken (HEIO)
Ao contrário dos lucros, as receitas da Heineken subiram 4,9% em 2023, com o valor de €$ 36,9 bilhões. Outra alta registrada foi no faturamento ajustado por itens não recorrentes, com 5,5% a mais que no ano anterior, um valor equivalente a €$ 30,3 bilhões. Esse número superou a expectativa de €$ 30,2 bilhões.
Segundo a agência, a Heineken (HEIO) espera que seu lucro operacional ajustado eleve cerca de 1 dígito neste ano, enquanto o lucro líquido deve crescer menos que o operacional, portanto, abaixo do consenso do mercado.
Heineken expande produção com alta no consumo de cerveja no Brasil
O Grupo Heineken no Brasil está otimista quanto às expectativas para o fim do ano de 2023, com projeções de um aumento significativo no consumo de cerveja devido à expansão da capacidade de produção em suas cervejarias e ao clima mais quente previsto para o verão. Maurício Giamellaro, CEO do Grupo Heineken Brasil, destacou que 90% do investimento de R$ 1,6 bilhão destinado à expansão em 2023 foi direcionado para os principais produtos do grupo: as cervejas Heineken e Amstel.
O grupo investiu R$ 1,5 bilhão no Nordeste para aumentar a produção das cervejas Amstel, Devassa e Heineken, e destinou R$ 80 milhões em São Paulo para duplicar a capacidade da Heineken 0.0, uma cerveja sem álcool lançada em 2020. Este ano marcou o 150º aniversário da cerveja Heineken, e a empresa no Brasil aproveitou o patrocínio ao festival The Town para impulsionar as celebrações.
“Não tenho problema nenhum em dizer que estávamos correndo atrás para suprir a demanda”, disse Maurício Giamellaro, CEO do Grupo Heineken Brasil, em entrevista à Bloomberg Línea. “Não posso dizer em quanto conseguimos aumentar o volume de produção, mas o que posso dizer é que agora estamos com capacidade”, completa.