A Heineken divulgou o seu resultado no mercado global nesta segunda-feira (31) do seu segundo trimestre de 2023. O volume da cerveja Heineken, líder de vendas do portfólio, avançou 1,2% no 2T23, e no semestre o crescimento foi de 1,7%.
A Heineken avançou 23,8% na região da Ásia e do Pacífico no último trimestre, maior crescimento orgânico mundial, seguido por alta de 2,8% nas Américas. Já na região de África, Oriente Média e Leste Europeu os volumes recuaram 4,9%, enquanto a Europa registrou queda de 8%.
De acordo com a companhia, o resultado global do segmento ficou estável, enquanto países como Brasil registraram alta de dois dígitos nos volumes. O desempenho foi positivo também em México, Espanha, Panamá e Bulgária.
Já em relação aos resultados totais das cervejas da companhia, o volume caiu em todas as regiões de atuação. O pior resultado foi registrado na Ásia e Pacífico, com queda de 15,5% nos volumes no comparativo trimestral.
O recuo de volumes na Europa foi de 6,4%, enquanto nas Américas a queda foi de 5,7%. O melhor desempenho foi registrado na África, Oriente Médio e Leste Europeu, onde os volumes recuaram 4,7% no comparativo anual.
Já o segmento de cervejas premium registrou queda global de 6,5%, prejudicada pelos números da Rússia e do Vietnã. De acordo com a companhia, as tendências de avanço das marcas premium seguiram fortes, exceto nos dois países.
A companhia registrou lucro operacional ajustado de 1,94 bilhão de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa queda de 8,8% em relação ao mesmo período de 2022.
O lucro operacional caiu 22% em uma base ajustada no primeiro semestre. O volume de cerveja caiu mais do que o esperado, pois a Heineken aumentou os preços em quase 13%.
Os fabricantes de cerveja estão lutando para repassar os altos custos das matérias-primas aos consumidores sem afastá-los para marcas mais baratas. A Heineken é a primeira das grandes cervejarias globais a divulgar os resultados do primeiro semestre, e seus resultados podem indicar dificuldades para as rivais Anheuser-Busch InBev NV e Carlsberg A/S
Com informações do jornal “Valor Econômico”.
Heineken continua preferida no Brasil; Ambev (ABEV3) ganha espaço
A Heineken segue como a marca de cerveja preferida entre os brasileiros, segundo pesquisa do Bank of America (BofA). O relatório mostra também que a Ambev (ABEV3) está ganhando participação no mercado de bebidas no Brasil, onde a categoria de cerveja vem acelerando, com Brahma e Amstel ganhando espaço sobre Bud, Stella e Skol
A pesquisa própria do banco com 1 mil consumidores indica que o consumo continua crescendo, o mix de canais tem estado no centro da decisão de compra, a inovação é relevante e os volumes de Petrópolis estão sob pressão, escrevem os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares. As informações são do jornal “Valor Econômico”.
Segundo eles, apesar do bom momento dos volumes e da perspectiva de melhoria das margens, a melhor perspectiva operacional da Ambev pode ser contida pelo enfraquecimento dos riscos macro e tributários.
Os analistas afirmam que os brasileiros estão bebendo mais cerveja, à medida que saem para experimentar novas marcas, reforçando a preferência crescente de Brahma, que agora é a segunda marca em termos de preferência após o lançamento de Brahma Duplo Malte. A Ambev está mudando seu foco para novos produtos, com a adição de Spaten e Michelob Ultra.
Eles ressaltam que a Heineken segue como a cerveja preferida no Brasil, com as marcas premium continuando a ser aspiracionais com preferência muito à frente do consumo. Já o mix de canais tem se mostrado muito importante, com clientes mudando do varejo para o serviço de alimentação e concentrando-se em canais mais baratos, como supermercados, para manter a marcar e o volume.