Batalha judicial

Herdeiro da Casas Bahia (BHIA3) é alvo de busca e apreensão

O filho mais velho, Michael Klain, foi alvo de um mandado de busca e apreensão deferido pela Justiça a pedido de seu irmão, Saul Klein

Michael Klein Casas Bahia
Foto: Divulgação/Casas Bahia

A disputa judicial entre os herdeiros da Casas Bahia (BHIA3) ganhou mais um capítulo na quinta-feira (15). O filho mais velho, Michael Klein, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na capital paulista, deferido pela Justiça a pedido de seu irmão, Saul Klein.

O objeto do mandado eram documentos relacionados a doações feitas por Samuel Klein, fundador da Casas Bahia (BHIA3), em 2014, pouco antes de sua morte. Essas doações teriam favorecido Michael e seus filhos – netos de Samuel – ao excluir Saul Klein.

O filho mais novo alega na Justiça uma suposta falsificação das assinaturas do pai em documentos que, em tese, beneficiaram o irmão.

A polícia cumpriu a decisão judicial e subiu até o apartamento de Michael, inventariante do espólio de Samuel, e levou a documentação. 

Entenda a disputa judicial entre herdeiros da Casas Bahia (BHIA3)

Os herdeiros do “rei do verejo” Samuel Klein, fundador da Casas Bahia (BHIA3), travam na justiça uma batalha pela herança após 10 anos da morte do patriarca.

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Em meio à briga, questionamentos sobre o valor total do espólio e a existência de um suposto quarto filho estão sendo levantados. Os herdeiros são Saul, Michael e Eva Klein, além dos herdeiros de um quarto filho, Moacyr Ramos – falecido em 2021.

A contestação quanto à herança a ser partilhada partiu de Saul Klein, filho mais novo do fundador da empresa, que acusa o irmão, Michael Klein, inventariante do espólio de Samuel, de estelionato e falsificação de assinaturas para se beneficiar da divisão na bens.

Advogados de Saul alegam que o patrimônio do rei do varejo era de R$ 8 bilhões até 24 meses antes da sua morte, mas que no plano de partilha constam apenas R$ 500 milhões.

Deste valor, R$ 300 milhões seriam referentes à participação do pai nas antigas Casas Bahia, antes da compra pelo Pão de Açúcar, e R$ 200 milhões envolvem imóveis e bens. Isso porque após a venda para o GPA, a família continuou com os imóveis e, hoje, recebe aluguel de centenas de lojas pelo Brasil.

O filho mais novo alega que bilhões de reais ficam de fora do inventário porque foram doados para Michael e seus filhos quando Samuel ainda estava vivo.