O HSBC disse, nesta quarta-feira (19), que planeja cortar US$ 1,8 bilhão em custos até o final do ano que vem. Isto deve ocorrer à medida que o novo CEO do banco, Georges Elhedery, reestrutura as operações da instituição para lidar com políticas globais de juros divergentes. Além disso, o banco também se prepara para mudanças geopolíticas.
As informações são da “Reuters”.
Após anunciar lucros maiores que as expectativas do mercado em 2024, o banco divulgou recompra de ações no valor de US$ 2 bilhões, a ser concluída antes do próximo balanço da instituição.
Enquanto isso, Elhedery continua o processo de reestruturação, que precisa lidar com políticas monetárias divergentes: enquanto a zona do euro pode fazer novos cortes nos juros, os EUA estão em estabilidade e o Japão deve aumentar a taxa.
HSBC se preocupa com “incerteza geopolítica”
Segundo o banco, seu desempenho no ano passado enfrentou um cenário de “incerteza geopolítica significativa, intensificada por numerosas e importantes eleições em todo o mundo”. Com a maior parte de seus lucros provenientes da Ásia, o HSBC se preocupa com as tensões entre EUA e China.
De acordo com informações da “Reuters”, o banco considera o mercado chinês importante e investiu bilhões de dólares no país nos últimos anos. Assim, as preocupações do banco com instabilidades entre as duas maiores economias do mundo se intensificou com o retorno do presidente Donald Trump.
Isto ocorre porque, em seu primeiro mandato, Trump já havia implementado várias políticas comerciais contra a China.
A instituição trocou de CEO em setembro. Desde então, vem focando em aumentar ganhos e se fortalecer nos mercados da Ásia.
O lucro do HSBC antes do pagamento de impostos foi de US$ 32,3 bilhões em 2024, ante US$ 30,3 bilhões em 2023. O resultado do ano passado superou as expectativas de analistas, que esperavam US$ 31,7 bilhões. A receita do banco resistiu à queda nas taxas de juros.