Mercado

Hurb: CEO diz na CPI que 17 mil clientes estão esperando reembolso 

CEO afirmou que a empresa conseguiu negociar antecipação de recebíveis para a próxima segunda-feira (18)

O CEO e fundador da Hurb (antigo Hotel Urbano), João Ricardo Mendes, prestou depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das pirâmides financeiras nesta quinta-feira (14) e afirmou que a empresa conseguiu negociar com um banco a antecipação de recebíveis para a próxima segunda-feira (18).

O executivo informou que 17 mil clientes estão com pedidos em aberto para receber seu dinheiro de volta. Outros 36 mil não conseguiram viajar e não pediram reembolso. Mendes não informou o nome do banco, mas, segundo disse na CPI, a empresa deverá quitar as pendências de reembolso até o fim do ano.

“Vou fazer de tudo para pagar [as pendências de reembolso] até o final do ano”, disse. “Estou confiante na boa fé [da instituição financeira] de que segunda-feira vamos destravar parte dos recebíveis”, disse.

Mendes foi questionado sobre as alternativas da empresa diante da recusa do banco em antecipar os recursos. O plano, disse, seria captar recurso no mercado. “Literalmente, na hora que eu quiser a gente faz aumento de capital”, disse.

Crítica a sócios da 123 Milhas

João Ricardo Mendes publicou no seu perfil no LinkedIn uma extensa crítica ao caso da rival 123 Milhas, que assim como a Hurb, enfrenta uma série crise financeira.

“Recentemente, em um claro caso de ‘desconhecimento do negócio’ (para não chamar de burrice ou falta de carácter, sendo educado), nem comparecerem ao receberem convite para depor para uma Comissão CPI. Colocam empresários ou com problema de memória ou despreparados para depor, como se os coitados fossem responsáveis pela burrice ou má fé dos pseudo empreendedores do 3, 2,1. Com que cara esses malucos olham pro time?”, escreveu Mendes,.

“Desculpa vou tomar alguns esporros (com razão) por escrever isso, mas simplesmente não aguento, é uma afronta à nova geração que está chegando. (…) Se sou chamado para uma CPI serei o primeiro e chegar e o último a sair (igual em tudo que fiz na vida)”, completou.

Por fim, o empresário termina o texto dizendo que é criticado por se “expor demais”, e que “dorme com a sempre tranquila, pois essa não foi nossa primeira crise e não será a última.”

Milhares de clientes recorreram à Justiça porque foram lesados pela Hurb, que não entregou pacotes de viagens que já haviam sido comprados. Além disso, centenas de funcionários demitidos ainda não receberam a rescisão mais de três meses após os cortes.

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