O ano de 2022 foi de recordes para a plataforma de ativos alternativos Hurst Capital, que distribui R$ 18 milhões em rendimento aos seus mais de 14 mil investidores. Com operações novas e uma captação de R$ 86 milhões, a casa acredita que o apetite por ativos alternativos no Brasil é uma tendência também em 2023.
Para o CEO da Hurst Capital, Arthur Farache, a diversificação das carteiras dos investidores é uma tendência que veio para ficar e a perspectiva é de que o número de pessoas com ativos alternativos em carteira continue a crescer, ainda mais diante do cenário atual.
“Embora também se trate de um investimento de renda variável, a volatilidade e os riscos são bem menores, pois não há efeito direto de boatos ou de decisões políticas que costumeiramente afastam investidores como ocorre na Bolsa. E os ganhos podem ser muito altos”, comentou o CEO em nota.
Também em 2022, novas teses de investimentos foram lançadas pela Hurst, que passou a ofertar ao mercado operações no metaverso, royalties de cinema e royalties científicos. “Queremos ser a ponte entre o capital e os ativos ligados à ciência, arte e tecnologia”, afirmou Farache.
Descorrelação do cenário econômico é principal fator para escolha de ativos alternativos
O fator principal que tem levado os investidores a optarem por estes ativos é a descorrelação do cenário econômico, afetado pela alta dos juros americanos e incertezas diante da troca de governo, segundo Farache.
“O royalty musical depende da execução da obra nos streamings, rádios, shows e em outras mídias. Quanto mais tocada, mais pode render. Obra de arte é um segmento totalmente independente, voltado à classe alta e cuja valorização independe até mesmo das condições econômicas de um país. Se não houver compradores de obras por aqui, basta negociar no exterior”, disse em comunicado.
Tais investimentos até podem estar atrelados a índices de inflação como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou a taxas de juros como o CDI ou a Selic, mas isso ocorre para garantir ganho real ao investidor. “Se eles apresentarem recuo, mesmo assim o retorno será positivo, mantendo a proporcionalidade da rentabilidade em relação à inflação, por exemplo”, apontou Farache.
Operações da Hurst: de ativos judiciais ao segmento de obras de arte
Segundo a Hurst Capital, o maior volume de rendimentos pagos pela plataforma em 2022 está relacionado aos ativos empresariais (R$ 6,596 milhões), seguidos dos judiciais (R$ 5,872 milhões), royalties musicais, (R$ 3,357 milhões) e imobiliários (R$ 1,19 milhão). Já as operações com obras de arte distribuíram R$ 821 mil e as com criptomoedas, lançadas mais recentemente, deram ganhos de R$ 440 mil.
Em relação às captações e número de operações, a liderança ficou com os ativos judiciais. Ao total, foram 53 lançamentos com um volume de investimentos captados de R$ 40,7 milhões. Já as 26 operações de ativos empresariais somaram R$ 17,67 milhões.
A estreia no segmento de criptomoedas também foi em 2022, com o lançamento de 22 operações que somaram R$ 12,154 milhões. Já os royalties musicais atingiram 19 operações e um valor captado de R$ 7,927 milhões.
Por fim, o segmento de obras de arte na Hurst registrou sete operações que envolveram nomes como Tomie Ohtake, Judith Lauand e Jandyra Waters. No total, o volume de investimentos somou R$ 3,588 milhões.