Em pleno “boom” do setor de tecnologia com a IA (inteligência artificial), a Cerebras Systems está prestes arealizar uma IPO (oferta inicial de ações) e abrir seu capital.
Considerando a concorrência com a Nvidia (NVDC34), gigante fabricante de chips, a empresa não parece representar uma ameaça, ou a rivais como a Advanced Micro Devices (AMD).
A Cerebras entrou com documentos para uma IPO na SEC (Comissão de Valores Mobiliário dos Estados Unidos), nesta segunda-feira (30).
Os planos da empresa são de abrir o capital na Nasdaq sob o símbolo CBRS, porém não foi divulgado o valor da oferta ou o momento do acordo.
A Cerebras é conhecida por fabricar os maiores chips de computador do mundo em tamanho físico. Ela disputa com os produtos feitos pela Nvidia e AMD para treinar modelos de IA e executar funções de inteligência artificial.
Sam Altman, diretor-presidente da OpenAI, é um investidor na Cerebras.
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Neste trimestre os investidores se mostraram ansiosos para ver os resultados de seus investimentos nas ações pioneiras em projetos com IA (inteligência artificial). No entanto, os ventos parecem ter mudado, enquanto especialistas ainda tentam decidir qual setor pode ocupar o lugar dessa aposta.
Na avaliação dos analistas consultados pelo BP Money, investimentos alinhados à sustentabilidade, a exemplo de empresas ligadas à transição energética, bem como o setor de biotecnologia podem ser favorecidos nesse cenário.
Os aportes em projetos de IA causaram euforia ao mercado financeiro no início deste ano, com as big techs brilhando entre as principais escolhas de investimento. Porém, conforme explicado pelo economista Natale Papa Jr., como toda tecnologia, a IA está se acomodando.
“Como qualquer tecnologia, passa essa onda inicial e há uma certa acomodação onde as aplicações começam a ser demandadas de evidências, ou seja, cada vez mais o mercado quer ver o que vai ser gerado de resultado, o que é gerado de retorno financeiro a partir dessas novas tecnologias e está sendo exatamente assim com a inteligência artificial”, disse.
O economista avaliou que a demanda por sustentabilidade e questões verdes já vinha sendo observada, e nunca “saiu de cena”, mas ficou “de lado” pela tendência de investimentos em IA.
“Empresas que trabalham tanto com a fabricação de painéis, como de carros elétricos e por aí vai, continuam em voga e sendo muito observadas pelos grandes investidores, como mais uma promessa”, afirmou.