Combustível sustentável

Iata: transição energética vai encarecer passagens aéreas

Diretor-geral atribui atribui o encerecimento ao valor mais elevado do combustível sustentável e às margens já apertadas das companhias

Transição energética vai encarecer passagens aéreas, avalia diretor-geral da Iata
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Viajar de avião vai ficar ainda mais caro, indica o diretor-geral da Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos), Willie Walsh. Isso porque o processo de descarbonização da aviação deve pressionar o preço das passagens aéreas e pesar no bolso dos consumidores.

 O executivo atribui isso ao valor mais elevado do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e margens já apertadas das companhias do setor.

 “Aumentar os preços das passagens não é algo que queremos fazer, mas precisamos ser honestos: os valores devem, sim, subir. Não vejo como podemos fazer isso de outra forma”, afirma Walsh.

O diretor-geral da Iata argumenta que não há uma solução simples ou mais barata disponível para o setor atingir a meta de zerar as emissões de carbono até 2050.

Projeções indicam que o combustível sustentável, principal aposta para descarbonizar a aviação, pode custar entre duas a cinco vezes mais do que o usado atualmente. O baixo índice de produção é um dos fatores que ajudam a explicar essa diferença.

A Iata prevê uma margem de lucro líquido de 3,1% para 2024 e que o maior patamar já atingido pelo setor foi de 5%. O executivo lembra também que, mesmo com um preço menor que o SAF, o combustível deve representar 31% das despesas operacionais do setor neste ano.

IPC-S vai a 0,53% no fim de maio puxado por passagens aéreas

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) acelerou para 0,53% no final de maio, após apresentar variação de 0,42% no encerramento de abril, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta segunda-feira (3).

Com o resultado, o índice acumula alta de 3,30% em 12 meses. A variação do IPC-S no mês veio no teto das estimativas do Projeções Broadcast, de 0,53%. A mediana apontava aceleração a 0,46%.

As maiores influências individuais que puxaram o índice para cima nesta leitura do IPC-S partiram de passagem aérea (1,45% para 5,52%), gasolina (1,71% para 1,20%), batata-inglesa (8,49% para 17,31%), aluguel residencial (1,24% para 1,24%) e plano e seguro de saúde (0,65% para 0,66%).

Na outra ponta, puxaram o índice para baixo banana-prata (-11,82% para -12,22%), seguro facultativo para veículo (-0,30% para -1,11%), pedágio (-5,58% para -9,26%), laranja-pera (-3,46% para -6,18%) e aparelho telefônico celular (-0,77% para -0,76%).