Política

IBC-Br cresce 0,82% em dezembro e fecha 2023 em alta de 2,45%

Consenso de analistas previa alta de 0,40% no mês

O Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou um avanço de 0,82% em dezembro, seguindo um período de estabilidade em novembro, quando havia apresentado um aumento de apenas 0,1%. Essa variação superou as expectativas dos analistas, que, conforme o consenso da LSEG, estimavam um crescimento de 0,40%.

Com os dados revelados hoje, o IBC-Br apresentou um aumento acumulado de 2,45% ao longo do ano passado.

Após quedas registradas em agosto, setembro e outubro, seguidas por estabilidade em novembro, o indicador mostrou sua primeira alta desde julho.

Comparado a dezembro do ano anterior, o indicador, que é considerado uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, registrou um aumento de 1,36%.

No quarto trimestre de 2023 (4T23), o índice de atividade econômica apresentou uma queda de 0,22% em comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, observou-se um crescimento de 1,80%.

Investimentos em debêntures caem mais de 50% em janeiro

Em janeiro, ocorreu uma diminuição no montante de recursos angariados pelas empresas no âmbito do mercado financeiro. As operações concluídas durante o mês totalizaram R$ 20,71 bilhões, representando uma queda de 22% em comparação com o mesmo período de 2023. Esses dados foram divulgados na última sexta-feira pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Essa redução foi liderada pela queda de quase 56% no volume obtido por meio das debêntures, totalizando R$ 8,28 bilhões. Além disso, o prazo médio desses títulos também diminuiu, passando de 7,8 anos em dezembro para 5,8 anos em janeiro.

As debêntures incentivadas, que proporcionam isenção fiscal aos investidores pessoa física, movimentaram R$ 2,64 bilhões no primeiro mês de 2024, abaixo dos R$ 2,89 bilhões emitidos em janeiro do ano anterior.

No mês anterior à decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de restringir as ofertas de títulos incentivados, como letras de crédito e certificados de recebíveis imobiliários (LCI CRI) e do agronegócio (LCA CRA), entre outros, houve um aumento nos volumes captados com instrumentos de securitização.

As ofertas de CRI totalizaram R$ 3,59 bilhões, registrando um aumento de 283,9% em relação a janeiro de 2023, enquanto os certificados do agronegócio avançaram 110,9%, atingindo R$ 1,52 bilhão. Em relação aos fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), houve um crescimento no volume de 34,2%, totalizando R$ 2,96 bilhões.